11 de novembro de 2015
Novo protocolo para atender bebês com microcefalia em Pernambuco
Microcefalia é uma anomalia congênita caracterizada pelo tamanho menor do crânio em recém-nascidos ou fetos.
O protocolo surgiu da necessidade de padronizar o atendimento aos bebês com microcefalia em Pernambuco, o que pode contribuir para a descoberta do aumento expressivo de casos no estado este ano. Entre os dias 27 de outubro e 9 de novembro foram notificados 141, quando a média nos últimos cinco anos era de 9 casos em 12 meses.
“Esse protocolo vai nortear os profissionais no manejo desses casos a partir do nascimento do bebê. É a orientação geral, tanto clínica quanto epidemiológica”, destacou a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Luciana Albuquerque. O protocolo determina que ao diagnosticar o bebê com microcefalia, o profissional deve notificar de forma imediata e exclusiva na plataforma do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (cievspe.com). O Ministério da Saúde (MS), a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e a SES investigam as ocorrências, oriundas de 42 municípios de diferentes regiões de Pernambuco.
Segundo Luciana, deverá ser incluído no texto: as normas orientando os profissionais a partir das gestantes. Ela explicou que não há ainda como evitar casos de microcefalia no estado. “A gente não conhece a causa ainda. Sabemos que usualmente pode ser motivado por algumas infecções, como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose.” Crianças com microcefalia geralmente precisam de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.