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11 de janeiro de 2016
Ibama detecta mancha no mar do Sul da Bahia; órgão acredita que é lama de Mariana (MG) ; Bahia

A lama proveniente do vazamento da barragem da Samarco em Mariana (MG) pode ter chegado ao sul da Bahia, alcançando inclusive a região do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Sobrevoos identificaram uma mancha em praias da região. Exames serão feitos para confirmar a suspeita.

A informação foi divulgada em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (7) com os presidentes do Ibama, Marilene Ramos, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Claudio Maretti. Os dois informaram que estão monitorando a mancha que chegou à Bahia e já atinge o Parque.

Entre os locais em que a mancha foram avistados estão Caravelas, Trancoso e o entorno de Abrolhos - o Parque Nacional fica a 250 km da foz do Rio Doce. O Arquipélado de Abrolhos é a área de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. A região reúne recifes de corais, algas, tartarugas e baleias jubarte. A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, disse em novembro que a lama com rejeitos não deveria chegar ao parque.

De acordo com Ramos, os ventos fortes recentes acabaram impulsionando a mancha, que seguia para o litoral sul do Espírito Santo, mas também passou a se espraiar no sentido norte. "Hoje fizemos um sobrevoo na região das praias do Sul da Bahia e do Parque de Abrolhos e já registramos a presença de material, de uma lama, que pelo aspecto visual, pela forma que foi avistada, tudo indica que seja a própria mancha, bastante diluída, que está se estendendo ao longo do litoral do Espírito Santo", afirmou a presidente do Ibama.

Embora de forma pouco concentrada, os sedimentos somam uma área de 6.197 km2. Os sedimentos podem impactar a biodiversidade de fitoplâncton, algas e corais de Abrolhos - um dos principais patrimônios ambientais do Brasil. “Ter essa lama no mar é como colocar uma camada de fumaça em cima da Mata Atlântica”, comparou o presidente do ICMBio, Cláudio Maretti.

A Samarco foi notificada para coletar amostrar do norte de Abrolhos até a foz do Rio Doce para identificar a origem da mancha no local. Em cerca de dez dias, o resultado deve ser conhecido, mas a expectativa é de que se trate realmente do material vindo de Mariana - a presidente do Ibama afirma que técnicos que estiveram no local têm "praticamente certeza" de que este seja o caso.

Desastre natural

Em 5 de novembro, o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério da Samarco em Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana (MG), causou o que a presidente Dilma Rousseff chamou de "maior desastre ambiental da história do Brasil". Pelo menos 15 pessoas morreram. Outros quatro estão desaparecidos.

Uma enxurrada com 55 milhões de metros cúbicos de lama foi liberada após a ruptura da barragem do Fundão, invadiu o rio Doce, passando por cidades mineiras e do Espírito Santo, até chegar ao oceano Atlântico, 16 dias depois.

Correio 24h
 

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