A falta de vacinas na rede pública de Caxias do Sul preocupa gestantes e outros pacientes. O caso mais complicado é o da hepatite B, em falta em todos os postinhos e sem qualquer previsão de normalização por parte do Ministério da Saúde, responsável pelo repasse. Também não há vacina tetra viral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela), mas as crianças têm sido imunizadas com a triviral (não protege contra varicela). A outra em falta é a dupla adulto (contra tétano e difteria), com previsão de retomada na segunda-feira.

Para amenizar a falta de doses contra hepatite B, a Secretaria Municipal da Saúde tem priorizado os recém-nascidos, já que a doença pode ser transmitida da mãe para o bebê. A secretária da Saúde, Dilma Tessari, tranquiliza: embora não hajam doses para a demanda das Unidades Básicas de Saúde, ainda há vacinas nos hospitais. Dilma garante que todos os recém-nascidos são imunizados.– Se vacinarmos quando nasce, não há ameaça significativa para o bebê – explica a secretária, acrescentando que a transmissão ocorre em casos em que a mãe tem a doença ativa.

A secretária explica que as doses contra hepatite B são produzidas pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e repassadas às coordenadorias regionais de saúde pelo Ministério da Saúde. Em outubro, o ministério passou a diminuir as remessas contra hepatite B, e em dezembro a rede pública de Caxias não recebeu nenhuma dose. Quanto à falta de vacina tetra viral, sem previsão de volta do repasse, a secretária explica que como as crianças estão sendo imunizadas com a triviral, a dose contra varicela será aplicada quando o envio normalizar.

Pioneiro