12 de janeiro de 2016
A experiência dos senegaleses com ebola vai ajudar o combate ao zika no Brasil
Uma equipe de pesquisadores senegaleses do Instituto Pasteur de Dacar, que atuou na criação da vacina contra o ebola na África, vai ajudar o Brasil a criar um diagnóstico mais eficaz e rápido do vírus zika. A equipe liderada pelo cientista Amadou Sall, diretor científico do instituto, pretende dar subsídios para que seja criado um teste rápido de detecção do vírus e até uma vacina contra o zika no Brasil.
Isso porque atualmente o Brasil só dispõe de teste para dengue. O zika ou o chikungunya – todos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti – são diagnosticados por exclusão e por sintomas. Com as evidências de que o zika é causador da microcefalia e da síndrome de Guillain-barré, o vírus se tornou uma ameaça para a saúde pública do país.
O objetivo da parceria, que envolve ainda a Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, é transferir tecnologia e treinar equipes médicas para repassar o conhecimento a outros Estados. O Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), laboratórios da bandeira Dasa no Estado, e a Pró-Sangue já receberam as amostras com o reagente desenvolvido pela equipe de Sall e farão os testes.
Para o professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Paolo Zanotto, a principal prioridade desse estudo chamado Rede zika "é evitar um surto de zika e de microcefalia em São Paulo".
http://noticias.uol.com.br/saude/listas/entenda-como-a-africa-vai-ajudar-a-combater-o-zika-no-brasil.htm