Governo do Rio de Janeiro Rio Poupa Tempo na Web Governo Aberto RJ
Acessibilidade na Web  Aumentar letra    Diminuir letra    Letra normal
Home Fique por dentro Clipping CIEVS Clipping CIEVS
03 de agosto de 2016
Dificuldades de organização levarão Comité Olímpico a ponderar bem antes de entregar o evento a outros países emergentes

Não foi este Brasil que ganhou, em outubro de 2009, o direito de organizar os Jogos Olímpicos de 2016: foi um país bem diferente do caos económico, político e social em que a nação brasileira está agora mergulhada. A promessa de uma festa grandiosa, nos primeiros JO realizados na América do Sul, corre sérios riscos de sair gorada, entre os atrasos nas obras, a ameaça da poluição e toda a instabilidade que afeta o dia-a-dia brasileiro. Porém, enquanto é cedo para tal balanço (a competição decorre oficialmente de 5 a 21 deste mês, embora o torneio de futebol feminino arranque já hoje), o Comité Olímpico Internacional já tira uma lição de toda a conjuntura: será preciso ponderar bem antes de voltar a entregar o maior evento desportivo mundial a um país emergente, dizem os seus dirigentes.

Antes do Rio 2016, a intenção declarada do Comité Olímpico Internacional (COI) era transformar os Jogos numa festa cada vez mais universal, abrindo a porta à possibilidade de a Índia e os mais pujantes países africanos virem a organizar o evento nas próximas décadas. Porém, todos os problemas surgidos no Brasil levam o organismo a recuar na ambição. "O Rio tem sido o maior desafio que já enfrentámos. Talvez tenhamos de pensar melhor antes de ir para o último continente [ao qual falta acolher os Jogos Olímpicos]. Temos de ter garantias de que vai ser um sucesso", afirma o norueguês Gerhard Heiberg, membro do COI e responsável máximo pela organização dos Jogos Olímpicos de inverno Lillehammer 1994, citado pelo The Wall Street Journal.

Quanto ao Rio 2016, o sucesso ainda não está garantido. "O caminho foi longo e difícil para chegarmos até aqui. Foi um grande desafio. Não é exagero admitir que o povo brasileiro passou por períodos muito particulares. A crise política e económica no país não tem precedentes", reconheceu o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, na segunda-feira, no discurso de abertura do congresso da organização, na cidade brasileira. No entanto, esse percurso tortuoso funciona como um ensinamento.

"A lição é de que muitas coisas podem mudar em sete anos", sublinha o canadiano Dick Pound, outro dirigente veterano do COI. No Rio de Janeiro, mudou a conjuntura económica, política e social, com o Brasil a ser abalado pela maior recessão em décadas, por uma instabilidade política permanente (o julgamento do processo de destituição de Dilma Rousseff, presidente atualmente suspensa de funções, começa no dia 29) e por sucessivos casos de corrupção. E, como consequência, as obras do Rio 2016 derraparam (nos prazos e nos custos): há linhas de transportes por concluir, falhas nos acabamentos dos locais de alojamento dos atletas e focos de poluição já irresolúveis na baía de Guanabara (palco dos desportos aquáticos).

Agora, a cautela vai imperando nas escolhas do COI, como já estivera patente, nos últimos anos, na atribuição da organização dos Jogos Olímpicos de verão de 2020 a Tóquio (Japão) - bateu Istambul (Turquia) e Madrid (Espanha) - e dos Jogos Olímpicos de inverno de 2022 a Pequim (China) - derrotou Almaty (Cazaquistão). Antes delas, Pyeongchang, na Coreia do Sul, vai acolher os JO de inverno de 2018.

A edição de verão de 2024 - cuja cidade anfitriã será anunciada em setembro de 2017 - voltará aos palcos mais tradicionais do evento: a Europa ou a América do Norte. As candidatas são Budapeste (Hungria), Los Angeles (EUA), Paris (França) e Roma (Itália). Quanto aos países emergentes de África e Ásia, terão de esperar, provavelmente, para lá de 2028..

Saiba mais.

Secretaria de saúde
Links interessantes:
PET Rio sem fumo Rio imagem 10 minutos salvam vidas Xô, Zika !!