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23 de setembro de 2016
Famílias e médicos descobrem novas complicações do vírus da zika

Bebês que nasceram com cabeça do tamanho normal tiveram alterações. Há 50 anos não aparecia vírus capaz de causar graves problemas em fetos.

Os primeiros bebês brasileiros que nasceram com microcefalia por causa do vírus da zika estão completando agora um ano de vida. À medida que os bebês estão crescendo, pais e médicos que investigam e pesquisam essa doença, estão descobrindo uma série de complicações. No início, eles choravam sem parar. Depois vieram as crises convulsivas, a epilepsia. A dificuldade mais recente está ligada à alimentação. Muitos bebês engasgam e sufocam com muita facilidade.

Cleane, mãe da Maria Eduarda, aprendeu na prática o significado da nova complicação que os médicos chamam de disfagia. A filha, que já tomava até mamadeira, regrediu.“Ele disse que teve um probleminha na deglutição que ela não terminou de amadurecer, aí com isso ela esqueceu como é que engole. Tudo o que bota na boquinha dela, ela engole, mas vai para o pulmão. Não consegue ir para o estômago”, diz Cleane.

Os médicos fazem um alerta: a microcefalia não é a única consequência da infecção provocada pelo vírus da zika. Outras alterações estão sendo diagnosticadas em bebês que nasceram com o tamanho da cabeça normal, mas são filhos de mulheres que tiveram zika na gravidez. Foi o caso de Helen, mãe do Caio, que nasceu com a cabeça normal: 35 centímetros de circunferência – três a mais do que a Organização Mundial de Saúde estabelece como característica da microcefalia. O bebê tem problemas motores.

“Hoje a gente tem consciência que é uma síndrome congênita do zika vírus, então é uma coisa de uma proporção muito maior. Mesmo as crianças que não estão tendo microcefalia atualmente podem ter qualquer grau de comprometimento”, afirma a chefe do serviço de infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Ângela Rocha. Caio não perdeu tempo. Faz terapias desde o primeiro mês de vida. “É uma felicidade quando ele senta um pouquinho, segura um pouco mais o pescoço, aí eu chamo todo mundo para ver e digo: ‘Caio está desenvolvendo’. É uma felicidade para a família inteira, porque a família inteira acompanha”, relata a dona de casa Helen Bezerra.

Saiba mais.

Secretaria de saúde
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