A falta de vacina antirrábica nas unidades de saúde ainda é motivo de preocupação em todo o país. A pernambucana Sineide Pereira, de 57 anos, conta que precisou passar por mais de cinco unidades, entre hospitais e postos de saúde de diferentes cidades, para receber a vacina e o soro antirrábico após ser atacada por cinco cachorros de rua. Problemas como o de Sineide se tornaram comuns em Pernambuco, onde, desde o final de 2015, a dificuldade para obter as vacinas e soro antirrábico é enfrentada pelos que precisam do cuidado.

A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que acomete mamíferos, inclusive o homem, e é transmitida principalmente por meio da mordida de animais infectados. A deficiência na distribuição das vacinas, segundo a Secretaria de Saúde do Estado, é nacional. Ainda de acordo com o órgão, nos últimos meses, o Ministério da Saúde (MS) tem enviado a Pernambuco apenas 10% do quantitativo entregue regularmente.

De acordo com o MS, o paciente que for exposto ao risco da doença deve passar por uma avaliação médica ambulatorial criteriosa a fim de verificar a real necessidade do uso da profilaxia humana. A Secretaria Estadual de Saúde reitera ainda a necessidade de orientar o paciente quanto à rápida localização do cão ou do gato agressor e a importância de mantê-los em observação durante dez dias, comunicando sobre a evolução das condições do animal ao serviço de Saúde em questão.

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2016/11/07/interna_vidaurbana,673845/postos-de-saude-do-recife-continuam-sem-vacinas-antirrabicas.shtml