Governo do Rio de Janeiro Rio Poupa Tempo na Web Governo Aberto RJ
Acessibilidade na Web  Aumentar letra    Diminuir letra    Letra normal
Home Fique por dentro Clipping CIEVS Clipping CIEVS
25 de novembro de 2016
Número de casos de chikungunya no Rio sobe 14.000%

Depois do medo da dengue e do temor da zika, o país vive uma expectativa de epidemia de febre chikungunya, devido ao aumento de notificações e mortes relacionadas à doença. No estado do Rio, também subiu o número de casos no último ano: de acordo com o boletim da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, da Secretaria Estadual de Saúde, em 2015 foram 105 registros de chikungunya no estado, sem óbitos. Em 2016, foram 15.149 comunicados até 16 de novembro, ou seja, um crescimento de 14.000%. Dez pacientes não sobreviveram."Envelheci dez anos".

Ontem, o Ministério da Saúde divulgou um balanço do país e, este ano, o número de casos é quase dez vezes maior, em relação a 2015: passou de 26.435 para 251.051. A quantidade de óbitos cresceu 23 vezes em todo o território, saltando de seis em 2015 para 138. A maioria das mortes ocorreu no Nordeste, que viveu um epidemia de chikungunya no último verão. Só em Pernambuco, foram 54. Em seguida, Paraíba (31) e Rio Grande do Norte (19).

Para o presidente da Sociedade de Reumatologia do Rio, José Fernando Verztman, um dos maiores problemas da doença é que pelo menos 30% dos pacientes podem evoluir para a fase crônica, em que as dores nas articulações duram mais de três meses.

- Há casos em que as dores articulares permanecem por até um ano. Os pacientes com mais de 40 anos, do sexo feminino e com doenças prévias nas articulações estão mais expostos a esse risco. Os números do ministério preocupam, mas o mais grave é a questão do tratamento dos doentes crônicos, que vão chegar em maior número à rede de saúde - diz Verztman, acrescentando que a Sociedade de Reumatologia está preparando o primeiro documento com recomendações para o tratamento de chikungunya que deve ser divulgado ainda este ano.

Marlene Passaroto Santa Rita, de 59 anos, teve chikungunya em janeiro. Logo em seguida, o marido, José Batista Santa Rita, também de 59, contraiu o vírus. Eles moram no bairro Rodilândia, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde, segundo Marlene, "houve uma epidemia da doença". Quase um ano após o diagnóstico dado pelos médicos, o casal não está 100% curado:

- Ainda sinto muitas dores nas articulações. Não consigo ficar sentada em local mais baixo, não posso me ajoelhar, tenho dores no pescoço. À noite, é ainda pior. Não encontro posição para dormir. O incômodo é muito grande, nunca mais fui a mesma. Envelheci dez anos - conta Marlene, acrescentando que muitas pessoas na rua dela tiveram a febre. - Uma delas chegou a usar cadeira de rodas. Cidades estão em alerta.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de um a cada três municípios pesquisados está em alerta para surtos de dengue, chikungunya e zika. No nordeste, 63,2% dos municípios investigados estão em situação de alerta ou risco. No Sudeste, a taxa cai para 23%, e, no Centro-Oeste, para 21,5%. Os dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), também divulgados ontem,24, mostram que 855 cidades estão em alerta, ou 37,4% dos 2.284 municípios avaliados. O país tem 5.500 municípios.

Considerando-se as 22 capitais analisadas, uma está em risco (Cuiabá) e nove em alerta (Aracaju, Salvador, Rio Branco, Belém, Boa Vista, Vitória, Goiânia, Recife e Manaus). O Rio está em situação "satisfatória", assim como São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, apesar do grande número de casos no começo do ano, houve queda gradativa no número de notificações de chikungunya desde a 17ª semana epidemiológica (entre 24 e 30 de abril).
Os casos de dengue tiveram queda em relação aos do ano passado (notificações até 22 de outubro), de 754,7 mil ocorrências por mil habitantes para 713,3 mil. O Ministério da Saúde registrou 208.867 casos de zika neste ano, com três mortes confirmadas. Há 16.696 casos prováveis do vírus em gestantes.

O índice de infestação predial no Estado do Rio foi aferido em 75 municípios: um está em risco, 19 em alerta e 55 têm nível satisfatório. Ao todo, 81% das cidades fluminenses foram analisadas. Os dados são do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgados ontem pelo Ministério da Saúde. O único município em risco é Santo Antônio de Pádua. Entre os 19 em alerta, estão locais como Piraí, Nova Iguaçu, Angra dos Reis, Macaé, Niterói e Duque de Caxias. Entre os que têm situação satisfatória estão a capital, Rio das Ostras, Volta Redonda, Cabo Frio, Paraty, Maricá e Petrópolis.

Fonte: O Globo

Secretaria de saúde
Links interessantes:
PET Rio sem fumo Rio imagem 10 minutos salvam vidas Xô, Zika !!