Os bebês precisam tomar três doses dessa vacina até os seis meses de idade. Ela protege de doenças como difteria, tétano, coqueluche, meningite e hepatite B.

A vacina pentavalente desapareceu nos postos de saúde do Rio e os pais não sabem o que fazer. O chefe de cozinha Kanu Lyrio e a contadora Maranata Machado são pais da Emanuele. Ela tomou a primeira dose da vacina pentavalente aos 2 meses. Agora, ela já está com 4 meses, mas achar a segunda dose está difícil. Eles já foram a praticamente todos os postos de Niterói, na Região Metropolitana. Também procuraram em São Gonçalo e Maricá.

“Responderam que não tinha, sem previsão de quando iria chegar a vacina. Já liguei para clínicas particulares também para saber, e eles falaram também que não tinha, que está em falta. E a gente está à mercê da sorte”, disse o pai. Também falta orientação. O que fazer enquanto a vacina não chega?

“Não tem. Como é que a gente vai fazer? Não dá com 4 meses, dá com quantos meses? Qual o período que a gente tem que esperar? Quando que vem? Isso tudo que angustia a gente. Nem isso o pessoal do posto sabe explicar. Alguns explicam uma coisa, outros explicam outra, dizem com 30 dias, para aguardar, outros dizem com 15. Então assim, realmente, a gente não sabe o que fazer”, reclamou Maranata. A Prefeitura de Niterói confirmou que não tem doses da pentavalente em nenhum posto de saúde da cidade. Disse também o Ministério da Saúde não manda a vacina desde junho.

O Ministério da Saúde não informou o motivo do atraso nem quando vai normalizar a entrega. Disse apenas que enviou quase três mil doses para o governo do estado esse mês. É o estado quem distribui as vacinas para os municípios.

A pentavalente faz parte do calendário básico de vacinação. O bebê precisa tomar as doses com 2, 4 e 6 meses de vida para se proteger contra a difteria, tétano, coqueluche, meningite, hepatite B. Mas os pais não têm ideia de quando vão conseguir vacinar os filhos.

“Está difícil, não sei mais a quem recorrer para saber quando vai normalizar e a gente, não só eu e outros pais precisamos de uma posição dos governantes para saber quando isso vai normalizar, porque com a saúde não se brinca, né?”, disse Kanu.

“Estou desesperada, desesperada porque é uma vacina super importante, uma vacina que protege contra cinco doenças, né? E bebezinho, né? Então, a gente fica muito preocupada, por isso o meu desespero. Já fui acho que em mais de 20 postos de saúde, e nada. Realmente, a gente quer uma solução”, disse Maranata.

Saiba mais:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/vacina-pentavalente-esta-em-falta-em-postos-de-saude-da-regiao-metropolitana-do-rj.ghtml