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27 de julho de 2017
Estudo revela contaminação por metais pesados na bacia do Rio Doce após tragédia de Mariana, MG e BA

Um estudo realizado por uma equipe da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), da Bahia, revela que animais e o meio ambiente ao longo da bacia do rio Doce estão contaminados com altos níveis de metais pesados — como ferro, bário e níquel, entre outros — após o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG).

Realizada entre setembro e dezembro do ano passado, a pesquisa focou nas populações de girinos ao longo de seis cidades no Espírito Santo e duas em Minas Gerais. “Girinos são ótimos indicadores da situação do meio ambiente, sobretudo da água, por causa das suas peles permeáveis e extremamente sensíveis”, explica Fabiana Alves, coordenadora da campanha de água do Greenpeace.

Os dados coletados com a observação de 1.500 girinos de 24 espécies revelam que mesmo pontos de amostra que não tiveram contato com a lama da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, também apresentaram animais e águas contaminados. “Isso pode ser explicado pela contaminação através do lençol freático. Passados pouco menos de um ano de quando houve o rompimento, a contaminação pode ter se expandido além dos limites da lama”, relatam os pesquisadores.

“Com exceção do zinco, todos os pontos tiveram os metais em concentrações extremamente mais altos que o permitido pela resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente)”, conta Flora Acuña, professora da UEFS e coordenadora do projeto. Já nos girinos, as concentrações de todos os metais foram altas nos locais estudados.

Um estudo da UFRJ divulgado em abril deste ano já havia mostrado que a água de poços artesianos da região está contaminada com ferro e manganês, o que vem prejudicando as lavouras entre Minas Gerais e Espírito Santo. João Paulo Torres, chefe do programa de biofísica ambiental da UFRJ e coordenador do estudo, afirma que os metais no solo agridem as lavouras. Em algumas comunidades já não havia mais moradores. Todos abandonaram as comunidades. “Muitas lavouras até germinavam, mas as folhas se queimavam e morriam ao tocar o solo contaminado por metais "altamente oxidantes"”, conta.

Saiba mais:
http://noticias.r7.com/brasil/estudo-revela-contaminacao-por-metais-pesados-na-bacia-do-rio-doce-apos-tragedia-de-mariana-26072017

Secretaria de saúde
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