14 de julho de 2015
Número de contaminações por HIV caiu no mundo, mas subiu no Brasil
O número de novas infecções por HIV no mundo diminuiu 35,5% entre 2000 e 2014. Se, em 2000, a estimativa de novas infecções no mundo foi de 3,1 milhões, em 2014, essa estimativa baixou para 2 milhões. Já no Brasil, os novos casos aumentaram no mesmo período. Em 2000, estimava-se que o número de novos casos de HIV estava entre 29 mil e 51 mil. Em 2014, estimou-se entre 31 mil e 57 mil novos casos. Os dados são do relatório “Como a Aids mudou tudo”, da Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids.
Segundo declarou à imprensa a diretora da Unaids no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, o fenômeno de aumento de novos casos observado no Brasil também ocorre em outros países em que o combate ao HIV começou precocemente. Segundo ela, existe uma nova geração que não viu os 30 anos de epidemia.
Em países que, como o Brasil, iniciaram precocemente o combate ao HIV, jovens gays ficaram mais vulneráveis à doença nos últimos anos. A situação é diferente entre as crianças (0 a 14 anos). Se em 2000 o número de crianças brasileiras infectadas estava entre 2 mil e 3 mil, em 2014, a estimativa é que esse número tenha ficado entre 500 e 1,1 mil.
O relatório destaca que o mundo conseguiu atingir a meta – que faz parte dos Objetivos do Milênio estabelecidos pela ONU em 2000 – de tratar 15 milhões de pessoas com HIV até o ano de 2015. O número foi atingido em março deste ano e corresponde a 41% de todos os adultos vivendo com HIV. Ao todo, 36,9 milhões vivem com HIV no mundo, segundo o documento.
O relatório estabelece novas metas que têm como objetivo acabar com a epidemia de HIV em 2030. Isso não significa eliminar todos os casos de infecção, mas que ela passe a ser uma doença controlada. Para isso, a proposta é que em 2020 90% das pessoas infectadas sejam diagnosticadas. Dentro desse grupo, que 90% receba tratamento com antirretrovirais. E que, finalmente, 90% das pessoas em tratamento tenham carga viral zerada.
(Com informações de G1)