24 de julho de 2015
Agência Europeia de Medicamento aprova vacina contra malária

A Agência Europeia de Medicamento (EMA) aprovou hoje (24/7) a vacina experimental mais avançada do mundo contra a malária. Batizada como "RTS,S" ou "Mosquirix", a vacina da empresa de produtos biológicos "GlaxoSmithKline" (GSK) é destinada a crianças entre seis semanas e 17 meses. A vacina ultrapassa uma das últimas etapas antes da comercialização, mas ainda será necessária a recomendação da Organização Mundial da Saúde antes de uma eventual difusão, principalmente na África.
De acordo com um estudo feito ao longo de vários anos, a "RTS,S" tem uma eficácia modesta e baixa ao longo do tempo, mas é atualmente a vacina experimental mais promissora contra à malária. Com base nos resultados do estudo feito a Comissão dos medicamentos para uso humano da EMA concluiu que, apesar da eficácia limitada, a relação sobre benefício e risco da 'Mosquirix' é favorável nos dois grupos de idade estudados.
Estudos em bebês
O estudo foi feito em um grupo de bebês, de seis a 12 semanas, e em outro, de cinco a 17 meses, em uma amostra total de aproximadamente 15,5 mil crianças de sete países africanos (Burkina-Faso, Gabão, Gana, Malaui, Moçambique, Quénia, e Tanzânia).
Alguns bebês receberam uma injeção de reforço 18 meses após a última dose da vacina inicial, que foi administrada em três doses durante os três primeiros meses de vida. Nos lactentes a vacinação inicial foi seguida por uma dose de reforço, a redução das crises foi 26% nos três anos de monitorização, mas não se registou uma proteção significativa contra os ataques graves de malária.
Nas crianças que receberam uma dose de reforço, o número de episódios clínicos simples de malária depois de quatro anos baixou um pouco mais de um terço (36%). Sem dose de reforço, a vacina não demonstrou eficácia significativa contra a malária grave neste grupo etário.
A malária matou 584 mil pessoas em todo o mundo em 2013, sobretudo na África, de acordo com a OMS. As crianças com menos de cinco anos de idade representam pelo menos três quartos destas mortes.
(Com informações da Agência Brasil)