Governo do Rio de Janeiro Rio Poupa Tempo na Web Governo Aberto RJ
Acessibilidade na Web  Aumentar letra    Diminuir letra    Letra normal
Home Fique por dentro Notícias Notícia
06 de agosto de 2015
Regiões Metropolitanas concentram 86% dos casos de Tuberculose no RJ

Regiões Metropolitanas concentram 86% dos casos de Tuberculose no RJ
A tuberculose, doença milenar e conhecida mundialmente, ainda é um grave problema de saúde pública, e faz parte do dia-a-dia de muitos moradores do Rio de Janeiro, onde 86% dos casos são concentrados nas regiões metropolitanas. O RJ ainda possui a maior taxa de incidência da doença no país, o que pode ser explicado, em parte, pela elevada proporção da população vivendo em áreas urbanas (97,3% no ano de 2012, segundo o IBGE), e por ser o estado com maior densidade demográfica do país (373,9). Em 2014, foram 13.419 casos e 841 óbitos. Um pouco menos que no ano anterior, quando foram registrados 14.151 casos da doença e 820 óbitos.

Além do número absoluto de casos, outra questão preocupante é que o RJ concentra a maior parte dos casos em pacientes que apresentam resistência à medicação usada no tratamento. Entre os 14.151 casos de tuberculose no estado, 12% dos pacientes abandonaram o tratamento e, por isso, desenvolveram resistência à medicação, demorando mais a responder ao tratamento e aumentando o tempo de contaminação.

Para considerar a tuberculose uma doença sob controle, a Organização Mundial de Saúde considera que a taxa de incidência não deve ultrapassar cinco casos em cada 100 mil habitantes. No entanto, atualmente, a taxa no estado, a taxa é de 68,1 para cada 100 mil habitantes. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, o Brasil ocupa a 16ª posição no ranking dos países com maior incidência de tuberculose, entre os 22 responsáveis por 80% do total de casos no mundo inteiro.

- É importante apoiarmos os municípios a fortalecer a atenção básica para ampliar e qualificar o diagnóstico e tratamento da doença – afirma Felipe Peixoto, secretário de Estado de Saúde.

A doença - É uma doença infectocontagiosa, causada pelo bacilo de Koch e que afeta principalmente os pulmões, podendo também ocorrer em outros órgãos como ossos, rins e meninges, membrana que protege o sistema nervoso central. A transmissão é feita via respiratória e está ligada às baixas condições de vida, particularmente, à moradia em locais sem ventilação adequada e sem exposição ao sol.

Os sintomas são tosse por mais de três semanas, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço. Deve-se buscar fazer o diagnóstico o mais rápido possível e iniciar logo o tratamento, pois após 15 dias sendo medicado o paciente para de transmitir a doença, diminuindo o número de pessoas que se infectam, bem como o número de doentes. O tratamento da tuberculose dura seis meses e possui alto índice de abandono.

- Apesar de ser uma doença curável, a tuberculose continua a ser um grande desafio para a saúde pública. Além disso, ainda temos outra questão preocupante: o abandono do tratamento. É importante que o paciente faça o tratamento até o final, mesmo que a pessoa já não perceba os sintomas – alerta Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde.

Dia Estadual de Conscientização e Mobilização de Combate à Tuberculose - Para marcar a data, no dia 6 de agosto, a secretaria de Estado de Saúde está realizando o Seminário “Articulando os diferentes atores – O papel do Governo, Academia, Conselhos e da Sociedade Civil no Enfrentamento da Tuberculose”, uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e Organizações Não Governamentais de luta contra a tuberculose. O Seminário aborda temas como: a situação epidemiológica no estado do Rio de Janeiro, os planos de ação municipais, métodos diagnósticos para tuberculose e as estratégias de prevenção do abandono do tratamento.

O encontro, aberto a organizações comunitárias, gestores dos 32 municípios prioritários e ativistas do movimento social, acontece no Hotel Arco Rio Palace, na Avenida Mem de Sá, 177– Lapa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local.

Fundador do Fórum estadual das ONGs no Combate à Tuberculose, que completa 12 anos de existência nesta quinta-feira, Carlos Basília ressaltou a necessidade de combater o preconceito quando se trata da doença.

- A tuberculose envolve muitos mitos. Ainda há quem pense, por exemplo, que o paciente em tratamento não possa manter o convívio social, o que não é verdade. A falta de informação precisa ser revertida, é preciso combater também o preconceito – afirmou Basília, que também é coordenador do Observatório de Tuberculose Brasil, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz.

Ainda nesta quinta-feira (6/8), foi lançada a campanha “Tuberculose e Aids é preciso tratar até o preconceito” nos trens da Supervia, na Central do Brasil.

Plano de Ação contra Tuberculose e Aids - Em 2013, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro pactuou com as secretarias municipais de Saúde um plano de enfrentamento da tuberculose e da Aids a fim de realizar o diagnóstico mais precocemente destas doenças, melhorar as taxas de cura (no caso da tuberculose) e garantir o tratamento mais precoce de pacientes com HIV. Entre as ações estão o prazo de 15 dias para resultado dos exames de HIV, consultas em até sete dias para pacientes com resultado positivo da doença e capacitar os profissionais e reorganizar a rede de atendimento, garantindo acesso e atendimento de qualidade para todos.

Oficina – No dia 26 de agosto, será realizada a oficina “Determinantes Sociais da Saúde e da Tuberculose: contexto e importância dos incentivos e benefícios sociais” que irá reunir 32 coordenadores dos programas municipais de combate à tuberculose prioritários no estado. O objetivo da oficina é discutir a importância do suporte social aos pacientes em tratamento com os profissionais que atuam nos Programas de Controle da Tuberculose dos municípios do estado do RJ, e também com representantes de programas e instituições que colaboram para o controle da doença no estado. A oficina será realizada no Hotel São Francisco, no Centro do Rio.

Secretaria de saúde
Links interessantes:
PET Rio sem fumo Rio imagem 10 minutos salvam vidas Xô, Zika !!