07 de dezembro de 2015
Jovens dos países menos desenvolvidos são os mais atingidos pela propaganda de cigarro
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou na última terça-feira (1/12) que a publicidade das empresas fabricantes de cigarros atinge, mais facilmente, os jovens dos países mais pobres. Por conta desta vulnerabilidade, segundo a OMS, eles correm o risco de serem fumantes prematuros.
O estudo, que teve início em 2005, é o primeiro a comparar os níveis de publicidade das empresas em 16 países. Segundo a análise, em geral, os produtos de cigarros expõem a população dos países menos favorecidos economicamente a uma publicidade mais intensa e agressiva do que a dos que vivem em países com um nível de vida superior.
A data de início do estudo coincide com a entrada em vigor da Convenção-Macro sobre o Tabaco que, entre outros aspectos, inclui o controle rigoroso da publicidade de cigarros. No entanto, os dados apontam que apesar das restrições, a publicidade continua a ser um aspecto fundamental na adesão de novos fumantes.
Segundo a OMS, nos países mais pobres, mais de 64% das lojas selecionadas vendem cigarro avulso, muito acima dos quase 0,3% de estabelecimentos que o fazem nos países desenvolvidos. Essa fórmula de venda estimula que as crianças e os adolescentes comprem o produto mais barato, já que, muitas vezes, não podem comprar um maço completo.
Ao contrário do que acontece nos países menos desenvolvidos, o relatório mostra uma queda na venda de tabaco nos países de maior poder econômico. Entre 2009 e 2012, observou-se que as nações mais pobres têm 81 vezes mais publicidade nas ruas do que as mais avançadas. Os peritos da OMS alertam que a publicidade é uma “ameaça iminente”.