11 de janeiro de 2016
Prevenção: calor, férias e combate ao Aedes aegypti
Desde dezembro o calor tem sido frequente. Se as temperaturas estão altas, a sensação térmica, então... Frequentemente está se aproximando dos 50 graus. Claro que não nos deixa esquecer que estamos no verão. Mas se a estação é o verão, há outra coisa que não pode ser esquecida: o combate ao Aedes aegypti.
O verão é caracterizado por dias mais longos que as noites e por mudanças rápidas nas condições diárias do tempo, levando à ocorrência de chuvas de curta duração e forte intensidade. E é justamente a alternância de altas temperaturas com chuvas típicas do verão que criam o ambiente ideal para o desenvolvimento das larvas e para a reprodução do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, chikungunya e zika, entre outras arboviroses.
As fêmeas do mosquito não colocam seus ovos diretamente na água, mas a milímetros acima de sua superfície, na parede do recipiente. Quando chove (e no verão as chuvas são constantes), o nível da água sobe, atingindo os ovos e fazendo-os passar à fase de larvas e até fase adulta. Além disso, o verão também é ideal para o desenvolvimento das larvas, já que a temperatura mais favorável para o seu crescimento é entre 25 a 30ºC.
O resultado desta combinação é o aumento da população de Aedes aegypti e, com isso, há condições ideais para aumento no número de casos e até mesmo epidemias das doenças que ele transmite. Por isso, no verão a prevenção, mais do que nunca, é fundamental! Se as ações de controle e combate já fazem parte da sua rotina, ótimo. Se não, está mais do que na hora de começar.
Mesmo que você esteja de férias e vá aproveitar o período para viajar é preciso se prevenir! Para isso você vai precisar de apenas 10 minutos por semana para vistoriar possíveis reservatórios de água em sua casa – caixas d’água, galões, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado e geladeira, entre outros. Este intervalo é determinado pelo ciclo de vida do mosquito transmissor dessas doenças. Este ciclo leva do ovo até a fase adulta, cerca de 7 a 10 dias, por isso a verificação e eliminação dos criadouros deve ser semanal, para impedir o nascimento de novos mosquitos.
Se for viajar, antes da partida e quando retornar faça uma vistoria nas áreas internas e externas de sua casa. Comece identificando locais que possam acumular água parada. Cheque a tampa da caixa d’água, que deve estar bem vedada; vistorie calhas, que devem estar sem folhas e desentupidas; os declives no terreno e ralos também devem estar desentupidos e lembre-se de retirar recipientes abertos de locais descobertos. Quem possui bromélias e não pode substituir por outras plantas que não acumulem água em suas folhas ou axilas, deve regar, abundantemente com mangueira sob pressão, duas vezes por semana.
Se houver piscina em casa, não se ausente de casa deixando-a cheia ou sem tratamento. Em períodos de uso efetuar o tratamento adequado incluindo cloro, de preferência, granulado, para manter um residual de cloro ativo, de acordo com a norma sanitária. Em períodos sem uso reduzir o máximo possível o volume d’água e realizar, semanalmente, a cloração, considerando o volume d’água que permaneceu.
Lembre-se, também, de colocar terra nos pratos dos vasos das plantas ou removê-los e jogue o lixo fora acondicionado corretamente e longe do alcance dos animais (cães), para coleta pelo serviço de limpeza da sua cidade.