A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe termina na próxima sexta-feira, dia 25 de maio, e o Rio de Janeiro está com cobertura vacinal de 34% do público-alvo do estado. A cobertura é baixa porque a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar 80% da população-alvo, formada por idosos com 60 anos ou mais, crianças de seis meses até 2 anos, gestantes, indígenas e trabalhadores da área da saúde. Esses grupos somam quase 3 milhões de pessoas no Rio de Janeiro e apenas 950 mil procuraram os postos de saúde.

Nos 92 municípios do Rio, foram imunizados 94% de indígenas; 42% de crianças, 40% de trabalhadores de saúde; 33,5% de gestantes e 32,6% de idosos.

A Região Metropolitana II - que reúne os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá – é a que está, até o momento, com a menor quantidade de população imunizada contra a gripe. Até 13h desta segunda, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações tinha registrado 28,5% de cobertura; sendo o grupo de idosos o que proporcionalmente menos se vacinou na região (26,9%).

As demais regiões estão com as seguintes coberturas vacinais: Noroeste (41%), Serrana (40,2%), Baixada Litorânea (38,7%), Centro Sul (37,8%), Litoral Sul (37,4%), Médio Paraíba (35%), Metropolitana I (34%), Norte Fluminense (31%).

O município de Comendador Levy Gasparian, no Centro Sul Fluminense, já ultrapassou a meta e vacinou 83% de sua população.

Maior cobertura - Na Região Metropolitana I, a cidade de Nilópolis é a que tem a maior cobertura vacinal até o momento, com 41% do público alvo vacinado. Na Região Metropolitana II, Silva Jardim é quem mais vacinou proporcionalmente (55%). No Noroeste Fluminense, São José de Ubá passou Porciúncula em uma semana e já imunizou 69% de sua população. No Norte, Carapebus (61,4%) e, na Região Serrana, Cantagalo (54%). Na Baixada Litorânea, Iguaba Grande vacinou 62,6% de sua população-alvo. No Médio Paraíba, Porto Real imunizou 52,6% do público. Para finalizar, no Litoral Sul, Mangaratiba está com 72% de cobertura vacinal.

- As vacinas estão sendo entregues corretamente pelo Ministério da Saúde aos municípios, todos têm quantidades suficientes. Reiteramos o chamado às pessoas para que elas compareçam aos postos de saúde e recebam a imunização – alerta a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Rita Vassoler.

Até 25 de maio, a campanha se estenderá por 4.200 postos de vacinação fixos e volantes em todo o Estado, envolvendo 25 mil profissionais e 2.800 viaturas. A vacina, trivalente, tem a mesma composição da usada na última campanha, realizada em 2011. Por esse motivo, as crianças que foram vacinadas ano passado devem receber apenas uma dose este ano. Na última campanha, 85 dos 92 municípios do Estado do Rio atingiram a meta de 80% preconizada pelo Ministério da Saúde.

População prisional - Após o período da campanha, haverá a vacinação da população prisional de todo o território nacional, numa articulação entre as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e as Secretarias Estaduais de Justiça.

Contra-indicação - As únicas contra-indicações são a alergia aos componentes da vacina, principalmente à proteína do ovo, e os portadores de doenças neurológicas em atividade. Vale ressaltar que pessoas que podem comer ovo frito, pão, bolo ou macarrão não têm essa alergia. Quem estiver com gripe ou apresentado estado febril ou sintomas de dengue, o recomendado é esperar melhorar, para depois se vacinar.

O imunizante deve ser tomado todos os anos. A escolha pelo período do outono para a aplicação é estratégica, pois a vacina precisa de duas semanas para induzir alguma proteção e de quatro a seis semanas para que a máxima proteção seja alcançada. Como o inverno é período de maior circulação do vírus, tomando a vacina no outono garante-se máxima proteção no período de maior circulação do vírus influenza.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação é a forma mais eficaz para prevenir a gripe e suas complicações. A cada ano, mais de 150 milhões de pessoas são vacinadas contra gripe em países de todo o mundo, entre eles o Brasil. Provocada pelo vírus Influenza, a gripe ataca todos os anos entre 10 e 20% da população do planeta – algo em torno de 600 milhões de pessoas. Se não for tratada, pode gerar complicações que provocam entre 250 mil e 500 mil mortes por ano e milhões de internações. As complicações mais comuns são pneumonia, infecção no ouvido (otite) e inflamação nos brônquios (bronquite).

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