05 de julho de 2012
Rio de Janeiro é um dos quatro estados que já atingiram a meta de vacinação contra paralisia infantil
A menos de dois dias do encerramento da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite, o Rio de Janeiro já atingiu a meta de imunizar crianças menores de cinco anos, sendo um dos quatro estados da federação a atingir o objetivo. Foram vacinadas, até o fim desta quarta-feira (4), 999.648 crianças, o equivalente a 97,05%de cobertura (a meta é 95%).
A Secretaria de Estado de Saúde distribuiu aos 92 municípios 1,6 milhão de doses da vacina Sabin (contra a poliomielite), que estão sendo dadas às crianças em 4.200 postos de saúde espalhados por todo estado. Em 2011, o Rio de Janeiro superou a cobertura vacinal estipulada pelo Ministério da Saúde.
Para quem ainda não foi aos postos de saúde levar os filhos, é importante que estejam com as cadernetas de vacinação das crianças, pois, se houver necessidade, poderão receber outras vacinas que não tenham recebido ainda, como DTP (difteria, tétano e coqueluche), tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus Influenzae b – HIB), tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e hepatite B.
VACINA – A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina a todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. No caso de crianças que sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde, para serem avaliadas se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38º Celsius, ou com alguma infecção também devem ser avaliadas por um médico.
PREVENÇÃO - Não existe tratamento para a pólio e, somente a prevenção por meio da vacina, garante a imunidade à doença. O Brasil está livre da poliomielite há mais de 20 anos. O último caso no país foi registrado em 1989, na Paraíba.
Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. E é apenas por meio da vacinação que se pode garantir que o vírus não volte a circular em território nacional.
Apesar de não haver registro de casos de pólio há 23 anos no Brasil, é importante manter campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país. Isso porque, o vírus ainda circula no mundo. Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
A DOENÇA - A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.
O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição.