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07 de abril de 2016
Hospital Estadual da Mulher terá projeto pioneiro de oferta de métodos contraceptivos para adolescentes

Hospital Estadual da Mulher terá projeto pioneiro de oferta de métodos contraceptivos para adolescentes

O Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HEMHS) dará início a um projeto pioneiro de conscientização da importância de contracepção na adolescência, no qual meninas de 12 a 17 anos terão oportunidade de conversar sobre exercício seguro e responsável da sexualidade, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e contracepção eficaz para essa faixa etária que incluem métodos de longa ação (LARC), tais como implante hormonal, com duração de três anos, DIU de cobre, com duração de 10 anos e DIU de progesterona (duração de 5 anos). O público alvo abrange jovens mães que deram à luz na unidade e alunas das escolas da Baixada Fluminense. O hospital é referência no atendimento de gestantes e bebê de alto risco e tem cerca de 10% de suas pacientes nesta faixa etária.

O anúncio do início do projeto voltado às jovens mães foi feito durante a palestra "Impacto dos LARCs Sobre as Gestações Indesejadas”, que contou com a presença do secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr.

- A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, por isso, vamos desenvolver um projeto com 1.000 adolescentes da Baixada Fluminense e depois expandir para o Estado. O Hospital da Mulher está realizando um trabalho de excelência e queremos, a médio prazo, levar esta experiência às outras unidades. Neste primeiro momento, vamos adquirir mil kits de implante do hormônio etonogestrel, que inibe a gravidez por três anos, para serem aplicados nas adolescentes que fazem parte do projeto no HEMHS – afirmou o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr.

A palestra foi ministrada pela professora associada do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Carolina Sales Vieira, que apresentou estudos que mostram a vulnerabilidade de mulheres que engravidam e fazem parte dos chamados “grupos de risco”, que podem ser adolescentes, usuárias de drogas ou vitimas de violência. Nestes casos, estatisticamente, as chances de se ter uma gestação saudável é menor, tendo em vista que na maior parte dos casos a gravidez não é planejada.

- O mais importante em toda esta discussão é garantir que todas as mulheres tenham seu direito de fazer ou não o uso de método contraceptivo respeitado e que cada uma possa utilizar o método que seja melhor para ela. Estamos lutando para que as brasileiras tenham seus corpos respeitados e o Hospital da Mulher dá uma importante contribuição neste sentindo – afirma Carolina Vieira.

Mais do que disponibilizar um método contraceptivo a longo prazo que proteja as adolescentes de uma gravidez indesejada, o Hospital da Mulher está criando um canal de comunicação com estas jovens para oferecer informação e ampliar o cuidado para além do espaço do hospital e fazer com que elas percebam que são responsáveis por seus corpos e sua saúde e tomem cuidados como o uso contínuo do preservativo, que é de importância fundamental.

Parceria com a comunidade – O HEMHS foi inaugurado em 2010, em São João de Meriti. Em março de 2016, o diretor-geral, Helton Setta, e a diretora clínica, Ana Teresa Derraik, fizeram uma visita ao CIEP próximo à unidade e, em conversa com os responsáveis, souberam que havia um alto índice de adolescentes grávidas. Com estes dados em mãos, os diretores decidiram unir forças para orientar essas jovens a cuidar da saúde e planejar suas gestações.

O primeiro passo foi convidá-las para uma palestra sobre contracepção, ministrada pela dra. Ana Teresa, com formação e ginecologista e obstetrícia e estudiosa da causa da mulher. Com auditório lotado, mais de 50 jovens puderem tirar dúvidas, ouvir orientações e entender melhor seus corpos.

O próximo passo é convidar as jovens que assistiram a palestra para que voltem ao hospital para serem consultadas e receber orientações sobre planejamento familiar. Na ocasião, serão oferecidas as adolescentes que desejarem métodos contraceptivos, entre eles, o implante hormonal.

Sobre a unidade – O HEMHS realiza, em média, 400 partos por mês e 8 mil atendimentos e conta com uma infraestrutura de 59 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto e Neonatal e Unidade Intermediária (UI) Neonatal. Um dos diferenciais da unidade é a Casa da Mãe, lugar onde a puérpera fica hospedada caso seu bebê precise permanecer internado para cuidados na UTI ou na UI. Mais de 75% das pacientes que dão à luz na unidade são moradoras na Baixada Fluminense.

Secretaria de saúde
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