08 de abril de 2016
Hospitais universitários capacitarão para cuidado à microcefalia

Uma parceria firmada entre o Ministério da Saúde e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), vinculada ao Ministério da Educação, vai permitir a criação de mais espaços destinados à formação de profissionais de saúde capazes de atuar nos agravos decorrentes do vírus Zika, da dengue e da Chicungunya – especialmente a microcefalia.
O acordo permite que hospitais universitários de todo o país se transformem em Centros Colaboradores, cuja missão será capacitar para o cuidado pré-natal, assistência ao parto, estimulação precoce, acompanhamento de crianças com microcefalia e atenção às manifestações e complicações agudas relacionadas aos agravos. A previsão é que os Centros Colaboradores dos hospitais universitários permitam a capacitação de pelo menos 2 mil profissionais neste ano, e mais 3 mil em 2017 e em 2018.
Caberá ao Ministério da Saúde gerir os sistemas de cadastramento dos centros e de suas ofertas de capacitação, disponibilizar os protocolos de resposta à ocorrência de microcefalia causada por Zika vírus, além de elaborar e fornecer materiais instrutivos e educacionais de apoio às capacitações.
A Rede Ebserh reúne 39 hospitais em 23 estados e 34 municípios. No entanto, poderão também atuar como Centros Colaboradores os serviços de saúde públicos e privados e instituições de ensino, mediante adesão através de cadastro junto ao ministério. O cadastramento será realizado no site https://centroscolaboradores.saude.gov.br/, onde também estarão as ofertas de capacitação de cada centro.
Os profissionais de saúde serão treinados pelos Centros para identificar casos suspeitos, notificá-los e adotar os primeiros cuidados a pacientes com microcefalia, além da capacitação para conhecimentos sobre estimulação precoce. Para os profissionais envolvidos com pré-natal, a qualificação será voltara para a notificação, investigação, diagnóstico e conduta nos casos e situações relacionadas ao vírus Zika, dengue e Chikungunya. Os Centros capacitarão médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, agentes de comunitário de saúde, agentes de combate às endemias e fisioterapeutas, entre outros profissionais.