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03 de agosto de 2012
Mutirão realizará mais de 30 cirurgias em pacientes com hanseníase

Mutirão realizará mais de 30 cirurgias em pacientes com hanseníase

Durante a próxima semana – de 6 a 10 de agosto – será realizado o 3º Seminário de Cirurgias Preventivas e Reparadoras em Hanseníase, no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Iniciativa da gerência de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com o Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ, a Sociedade Brasileira de Dermatologia/RJ e o Ministério da Saúde.

O evento promoverá um mutirão de cirurgias preventivas e reabilitadoras de pacientes com hanseníase como treinamento prático. A hanseníase é uma doença silenciosa, que, muitas vezes, se manifesta com sintomas pouco valorizados pelos pacientes e que pode causar incapacidades e deformidades se não for tratada precocemente.

O mutirão de cirurgias será realizado por residentes de Ortopedia e Cirurgia Plástica dos serviços de saúde e Serviços Universitários sob orientação de médicos especialistas. Trinta e dois pacientes de sete municípios do estado foram selecionados para receber o atendimento. As intervenções serão realizadas quarta, quinta e sexta-feira (8, 9 e 10/08), no Hospital Clementino Fraga Filho.

- Muitos pacientes ficam com sequelas motoras por conta da doença e necessitam passar por cirurgia para garantir uma melhor qualidade de vida e retornar às suas atividades normais. Estamos realizando esse mutirão, mas a agenda de cirurgias segue normalmente no hospital – explica a gerente de Dermatologia Sanitária da SES, Kédman Trindade Mello.

Além das cirurgias, o Seminário terá uma programação de palestras e aulas.

Número de casos – Segundo dados preliminares, a hanseníase fez 33.955 novas vítimas no país em 2011, 1.719 somente no estado do Rio. Esse número representaria uma queda no número de casos se comparado a 2010, quando foram registrados 1.762 casos em todo o estado.

A doença - A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica, que atinge, principalmente, as células cutâneas e células dos nervos periféricos, mas tem tratamento e cura, que pode chegar a mais de 80% dos casos quando detectada precocemente. Em função do potencial incapacitante, a doença é de notificação compulsória em todo o território nacional.

Anualmente, a subsecretaria de Vigilância em Saúde, através da gerência de Dermatologia, promove capacitações para todos os municípios do estado que abordam o diagnóstico e o tratamento da doença, promovendo a atualização dos médicos, divulgando ações de controle, prevenção das incapacidades, gerência e capacitação de enfermeiros para atuarem como multiplicadores entre os agentes de saúde, entre outros assuntos. A ideia é descentralizar o atendimento da hanseníase, permitindo que os municípios estejam aptos para o tratamento da doença, facilitando, com isso, a detecção dos casos e a terapêutica precoce.

Situação no país - Apesar de o Brasil ter a situação mais desfavorável da hanseníase nas Américas e o segundo maior número de casos novos no mundo, entre 2010 e 2011 o percentual de detecção de casos novos caiu 15% no país. Entre menores de 15 anos, este número baixou em 11%. A meta é que até 2015 haja menos de um caso de hanseníase para cada grupo de 10 mil habitantes. As regiões Norte e Nordeste são as que apresentam a maior incidência de casos.

O Ministério da Saúde tem incentivado a mobilização dos municípios prioritários através do Plano de Eliminação da Hanseníase. Ao todo, 245 municípios receberão recursos adicionais que somam R$ 16 milhões. Esses recursos devem começar a ser liberados ainda neste mês. As secretarias municipais de saúde deverão desenvolver ações como busca ativa de casos novos, tratamento e acompanhamento de portadores da doença, prevenção de incapacidades e reabilitação e vigilância dos contatos no domicílio dos pacientes.
 

Secretaria de saúde
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