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27 de julho de 2016
Uso excessivo de anti-inflamatórios pode prejudicar a saúde

Uso excessivo de anti-inflamatórios pode prejudicar a saúde

Dores, doenças crônicas, riscos de complicações. São muitas as situações em que é necessário fazer uso de medicamento, mas, embora eles sejam importantes para tratar e recuperar a saúde, podem, se ingeridos de forma errada ou em excesso, causa problemas. É o caso dos anti-inflamatórios.

Dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM), mostram que pelo menos 8,5% da população usaram anti-inflamatórios nos 15 dias anteriores à entrevista. Foram entrevistados mais de 40 mil indivíduos nas cinco grandes regiões do país. Os principais motivos de uso destes fármacos foram dor (49,4%) e febre (9,8%).

Mas quais são os perigos da ingestão excessiva desses remédios? Primeiro, vamos entender quais são as diferentes classificações deste tipo de medidamento. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) representam um grupo com ações analgésica (alívio da dor), antipirética (diminui a febre), inibidora da agregação de plaquetas, além, claro, da ação anti-inflamatória. São exemplos: ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida, entre outros. Não fazem parte deste grupo os medicamentos com componente esteroide ou costicosteroide, como prednisolona, dexametasona, hidrocortisona, entre outros.

Os AINEs precisam de uma atenção especial, por exemplo, porque diminuem a produção de prostaglandinas, que são substâncias naturais em nosso organismo envolvidas no processo da dor, inflamação, febre, proteção do estômago, trabalho de parto, controle de pressão arterial, menstruação, entre outros.

A diminuição de prostaglandinas interfere na ocorrência de gastrites, úlceras, problemas nos rins, fígado e coração, aumento da pressão arterial e oferece dificuldade no nascimento de uma criança. A insuficiência renal é um dos problemas mais graves acarretado pelo uso excessivo, já que com a redução de prostaglandinas, o processo de filtragem do sangue pelos rins fica comprometido e reduz a eliminação do sódio pelo órgão.

Além disso, os AINEs ainda podem aumentar o risco de sangramentos/hemorragias quando usados por pessoas tratadas com anticoagulantes, ou pacientes com dengue. Também podem diminuir o efeito dos anti-hipertensivos (medicamentos para pressão alta). Em casos de cirurgias e fraturas, ou extrações de dente, podem prejudicar o processo de cicatrização/restauração e aumenta a chance de hemorragias.

O Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde recomenda que os AINEs sejam usados nas doses mais baixas, pelo mínimo tempo possível e necessário para aliviar inflamações , sempre de acordo com prescrição médica. Da mesma forma, as orientações para prevenir efeitos colaterais podem ser obtidas com o médico.

Em caso de efeito colateral leve, pode ser consultado o farmacêutico ou outro profissional da equipe da saúde da família (ESF) ou de uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Em situações de efeito mais intenso, como sangue nas fezes, inchaço na perna ou em todo o corpo, recomenda-se procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Secretaria de saúde
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