Uma pesquisa revelou que tratamentos para controlar a síndrome metabólica e o processo inflamatório associado à obesidade é tão importante quanto controlar o sobrepeso. O levantamento foi realizado pelo Grupo de Estudos da Obesidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A síndrome metabólica é caracterizada pelo excesso de gordura na região abdominal, níveis elevados de triglicerídeos, alterações nas taxas de colesterol, glicemia e pressão arterial, o que eleva o risco de problemas cardíacos. Já o processo inflamatório caracteriza-se pela secreção de substancias pelo tecido adiposo, as quais são capazes de elevar o risco cardiovascular.

Na pesquisa, foram avaliados 69 adolescentes, entre 14 e 19 anos, onde 19 deles tinham a síndrome metabólica e 50 não tinham a doença. Todos os voluntários passaram por um ano de tratamento, que incluía a prática regular de exercícios físicos, uma dieta balanceada e atendimento psicológico. No final desse período, os pesquisadores constataram que, no grupo de pacientes com a síndrome, a prevalência da doença caiu de 27,6% para 13%.

Segundo os pesquisadores, com o tratamento interdisciplinar, que inclui a prática regular de exercícios, consultas com nutricionistas, psicólogos e endocrinologistas, além do encontro com fisioterapeutas para evitar lesões durante os exercícios, é possível diminuir os riscos trazidos pela síndrome metabólica. Além disso, é importante controlar o processo inflamatório, o que é feito com mudanças na alimentação e redução de peso.