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01 de setembro de 2016
#MostreAtitude: sem o cigarro, sua vida ganha mais saúde


Em 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, oportunidade para conscientizar as pessoas da importância de não se fumar. Em 2016, a data comemorou 30 anos e foi usada como um momento para se avaliar as conquistas conseguidas com as campanhas de combate ao tabaco. E essas conquistas não foram poucas. Em um evento do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), realizado no Rio de Janeiro, foi lançada nova campanha do INCA, “#MostreAtitude: sem o cigarro, sua vida ganha mais saúde”, que pegou embalo nas Olimpíadas e Paralímpiadas para mostrar com a prática de esportes pode ajudar a combater o hábito de fumar.

Participação dos atletas reforça a mensagem


Paratleta Vinicius Pontes Matos.


Para reforçar essa mensagem, o instituto contou com depoimentos de alguns atletas. Um deles foi o paratleta e ex-fumante Vinícius Pontes Matos, que pratica rugby de cadeira de rodas, tênis e surf adaptado. Ao contar sua história, Vinícius reforçou a mensagem da campanha: “acho que cada um, se tiver esforço e determinação, consegue parar de fumar. Todo mundo sabe que não é fácil, que é uma coisa difícil, mas se cada um tiver empenho e for determinado, consegue parar e ver que os benefícios são muitos”.

Já para Saulo Ferreira, goleiro do Botafogo, o esporte foi uma maneira de se afastar do cigarro e das bebidas alcóolicas. Ele conta que o pai o levou para praticar atividades físicas como uma forma de tirá-lo da rua e que o esporte mudou sua vida para melhor. O jogador ainda fez um alerta aos jovens: “diga não ao cigarro. Pode parecer divertido para a maioria, porque é jovem, mas você só tá se complicando, tá acabando com a sua vida e não está nem percebendo. Afastem-se dessas coisas, comecem a praticar mais esportes, que isso vai prolongar a sua vida, vai melhorar tudo o que você for fazer e vai lhe tirar de coisas ruins. ”

Resultados dos 30 anos de campanhas também foram abordados


Pesquisadora Liz Maria Almeida.


O evento também contou com a presença de especialistas da instituição, que falaram sobre os resultados obtidos com as campanhas e ações nesses trinta anos. Segundo Liz Maria Almeida, da Divisão de Pesquisa Populacional do INCA, em 1989 uma pesquisa do IBGE mostrou que 43% dos homens e 27% das mulheres fumavam. Em 2008, a mesma pesquisa mostrou uma queda, com 23% de fumantes entre os homens e 14% entre os homens. Já em 2013, a Pesquisa Nacional de Saúde mostrou que os números estavam caindo cada vez mais, e já tinham sido reduzidos a 19% entre os homens e 11% entre as mulheres.

A pesquisadora ressalta a importância das ações do Programa Nacional de Controle do Tabaco no Brasil para essa redução. Segundo uma pesquisa de 2012, o aumento dos preços dos produtos do tabaco, aliado às leis de ambientes livres de fumaça de cigarro, às restrições de marketing dos produtos do tabaco, à oferta de tratamento para o tabagismo, às imagens e advertências nas embalagens dos produtos e às campanhas de mídia contra o tabagismo foram os principais responsáveis por essa redução no número de fumantes.


Luis Fernando Bouzas, Jaqueline Ferreira, Márcio Villar, Daniela Daher, Vera Borges, Alberto Araújo e Cristina Cantarino.


Mortalidade por câncer de pulmão segue alta

No entanto, nem todas as notícias são boas. Apesar de o número de fumantes ter sido reduzido ao longo dos anos, a mortalidade pelo câncer de pulmão segue alta. De acordo com dados do INCA, a probabilidade de sobrevida dos pacientes com esse tipo de câncer atendidos na instituição entre 2000 e 2009 foi de 33% um ano após o diagnóstico e de apenas 8% cinco anos após o diagnóstico. As taxas de mortalidade foram reduzidas entre os homens, porém, entre as mulheres, ela segue crescendo, passou de 4,2 em 1980 para 8,8 em 2013.

“Isso é porque estão chegando em um estágio muito avançado e tem pouca coisa que a gente possa fazer para ajudar. Nesse caso, não tem jeito. Nós temos que combater o fator que, de fato, é o principal agente desta doença”. Liz explica que é muito difícil de se identificar o câncer de pulmão em um estão inicial, por isso, as chances de recuperação da doença são pequenas. A pesquisadora também alerta para os outros tipos de câncer relacionados ao tabagismo.

“Nós temos não só hoje a evidência de que fumar está relacionado com a ocorrência de câncer de pulmão, mas também com mais 15 outros cânceres. Hoje nós temos 16 na lista”, alerta. Entre eles, estão, nos homens, o câncer de pulmão, próstata, cólon e reto, estômago, fígado, bexiga, esôfago, rim, linfoma não-Hodgkin e cavidade oral. Já nas mulheres, são associados ao tabagismo o câncer de mama, cólon e reto, pulmão, colo do útero, estômago, corpo do útero, ovário, tiroide, fígado e linfoma não-Hodgkin.

Além de diminuir os riscos de desenvolver essas doenças, parar de fumar também ajuda a ter uma melhora na qualidade de vida. Estudos já comprovaram que, depois de apenas 8 horas o excesso de monóxido de carbono abandona o sangue e a pessoa já respira melhor e, depois de 1 semana, os sentidos, inclusive o olfato e o paladar melhoram consideravelmente. Os benefícios a longo prazo são ainda mais notáveis, reduzindo o risco de problemas como o acidente vascular cerebral (AVC) depois de 5 anos sem o cigarro.

Ficou animado para parar de fumar? Para buscar ajuda nesse processo, dá uma olhada nas unidades que tratam o tabagismo no Município do Rio de Janeiro e no Estado do Rio de Janeiro.

Secretaria de saúde
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