09 de setembro de 2016
OMS recomenda uso de preservativo por pelo menos 6 meses após retornar de áreas com zika

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou que pessoas que estão retornando de áreas onde o vírus zika é transmitido usem camisinha por ao menos 6 meses, mesmo que não apresentem os sintomas da doença. A recomendação, que atinge homens e mulheres, faz parte de uma atualização do guia provisório sobre prevenção da transmissão sexual do zika.
O novo texto representa uma mudança na recomendação provisória realizada no dia 7 de junho deste ano, na qual a OMS recomendava pelo menos 8 semanas de sexo seguro ou de abstinência para os homens que estivessem retornando de áreas com transmissão, mesmo que não apresentassem sintomas. Essas conclusões foram revisadas após a análise de um total de 17 novos estudos ou relatórios referentes a transmissão sexual do vírus zika, além de consulta com vários especialistas.
Em regiões onde o vírus é transmitido, a OMS continua a recomendar que homens e mulheres sexualmente ativos tenham orientações corretas sobre os métodos contraceptivos e que façam uso dos mesmos. O objetivo das recomendações é possibilitar que todos tenham informações suficientes para fazer uma escolha sobre se e quando desejam engravidar, para evitar possíveis efeitos adversos na gravidez e nos fetos. Além disso, gestantes e seus parceiros que vivem ou estiveram nesses locais devem praticar sexo seguro ou abstinência por, pelo menos, toda a duração da gravidez.
Vale ressaltar que, mesmo sem o risco de infecção pelo zika por meio de relações sexuais, a OMS sempre recomenda a prática do sexo seguro, incluindo o uso correto e constante de preservativos, para se evitar a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, e a gravidez indesejada.
A OMS também faz outra recomendação: mulheres que tiveram relações sexuais sem preservativos e não desejam engravidar por medo da possibilidade de infecção pelo vírus zika devem ter acesso a serviços de contracepção de emergência e aconselhamento. Isso deve ser garantido por programas de saúde das regiões com transmissão do vírus.