30 de setembro de 2016
Dolutegravir é nova opção do SUS para tratamento contra HIV e Aids
Novos pacientes em tratamento contra HIV e Aids receberão medicamentos diferentes dos que são prescritos hoje, informou o Ministério da Saúde nesta quarta-feira (28). A estimativa é que, a partir de 2017, cerca de 100 mil pacientes comecem o tratamento contra a doença usando dolutegravir, que é considerado o melhor tratamento contra HIV e Aids no mundo..
Além de pacientes que ainda não fazem o tratamento contra as doenças, pacientes que apresentam resistência aos medicamento atuais, como tenofovir, lamivudina e efavirenz, também serão beneficiados com o novo remédio. O ministério afirma que o dolutegravir apresenta uma série de vantagens, como uma potência maior e um baixo nível de efeitos adversos.
De acordo com o ministério, o desconto de 70,5% conseguido para a compra do dolutegravir a partir de negociações com a indústria farmacêutica GSK, possibilitou que o tratamento fosse oferecido sem causar um impacto orçamentário. Vale ressaltar que o ritmo de incorporação do medicamento é compatível com a capacidade de produção do laboratório.
Atualmente, o tratamento dos pacientes que estão na fase inicial é feito no esquema 3 em 1, com os medicamentos tenofovir, lamivudina e efavirenz. A partir de 2017, será indicado o tratamento 2 em 1, como uso do dolutegravir associado à lamivudina. Esse tratamento será feito em pacientes novos e naqueles que apresentam resistência aos medicamentos mais antigos.
Dados do ministério mostram que, desde o início da epidemia, o Brasil registrou 798.366 casos de Aids, todos no período entre 1980 a junho de 2015. No período entre 2010 e 2014, foram, em média, 40,6 mil casos novos ao ano. Já a taxa de mortalidade teve uma queda, passando de 6,4 por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 em 2014.