03 de outubro de 2016
Fumar pode prejudicar o DNA mesmo 30 anos após o abandono do hábito, segundo pesquisa
Um estudo realizado por especialistas americanos revelou que o hábito de fumar causa danos permanentes ao DNA humano. A “pegada” deixada pelo tabaco pode ser observada no corpo mesmo 30 anos após se largar o cigarro.
Durante o estudo foram avaliadas amostras de sangue retiradas de cerca de 16 mil pessoas. Com isso, os pesquisadores puderam comparar a metilação do DNA em fumantes, ex-fumantes e pacientes que nunca fumaram. A maioria das pessoas que já havia parado de fumar há mais de 5 anos teve a metilação do DNA retornando aos níveis observados em pessoas que nunca fumaram. Ainda assim, em alguns pacientes os níveis permaneceram alterados mesmo 30 anos depois do abandono do cigarro.
Os pesquisadores afirmaram que os resultados dessa pesquisa são importantes pois a metilação sofrida pelos genes é capaz de afetar a forma como eles são ativados, o que tem implicações no desenvolvimento de doenças que são relacionadas ao fumo. A conclusão de que, mesmo depois de se parar de fumar, os efeitos do tabagismo ainda podem ser vistos no DNA, é igualmente importante.
Esse estudo mostra que ex-fumantes estão expostos a um risco prolongado de desenvolverem diversas doenças, inclusive alguns tipos de câncer, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e o acidente vascular cerebral (AVC), mesmo anos após pararem de fumar. Essas conclusões podem fornecer aos especialistas potenciais focos para o desenvolvimento de novas terapias, por meio do estudo da metilação do DNA.