No Brasil, 52% de adultos estão acima do peso. Uma porcentagem que faz com que o médico Drauzio Varella defina a obesidade como uma epidemia explosiva que assola o mundo. E os prejuízos disso são enormes. Em artigo publicado na Folha de São Paulo ele cita um estudo internacional publicado na revista médica "The Lancet", que procurou quantificar os prejuízos causados pela pandemia de inatividade física.

Segundo o médico explica, foram classificadas pelo estudo como inativas as pessoas que não seguem a recomendação da Organização Mundial da Saúde de praticar atividade física de intensidade moderada ou vigorosa durante pelo menos 150 minutos por semana. A partir disso, os autores fizeram uma revisão sistemática da literatura para estimar os custos diretos (para os sistemas de saúde) e os indiretos (produtividade perdida) do sedentarismo em 142 países, que representam 93% da população mundial.

Contados os gastos dos sistemas de saúde e os anos perdidos de trabalho por morte precoce, a inatividade física custou para o mundo US$ 67,5 bilhões (cerca de R$ 217,5 bi). Além disso, o mundo perdeu 13,4 milhões de anos de trabalho com as mortes prematuras. Os problemas gerados por ela são mais graves nos países em desenvolvimento. Segundo o estudo, quanto mais pobre o país, menor o suporte financeiro governamental e maior a despesa das famílias com o tratamento das doenças estudadas.

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