25 de novembro de 2016
Pesquisadores trabalham para desenvolver vacina contra o Aedes aegypti
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão trabalhando para desenvolver o que pode ser a primeira vacina no mundo diretamente contra o Aedes aegypti. A ideia é que, imunizando as pessoas, a vacina bloqueie a transmissão do vírus da zika, da dengue, da chikungunya e de outras arboviroses.
A vacina funcionaria em três etapas. As pessoas seriam vacinadas, e, então, produziriam anticorpos contra o Aedes aegypti. Os mosquitos que picassem essas pessoas poderiam perder a capacidade em transmitir arboviroses, colocar menos ovos na natureza ou até mesmo morrer logo após a picada. Resultados preliminares, em camundongos, mostraram que a vacina interfere no ciclo de vida do inseto.
O projeto é um dos aprovados pelo Ministério da Saúde para apoiar projetos de pesquisa no combate ao vírus Zika e no enfrentamento ao Aedes aegypti. Estão envolvidos no estudo, além dos pesquisadores da UFMG, o Centro de Pesquisas René Rachou, unidade de Belo Horizonte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal de Ouro Preto e o Instituto Butantan.
A ideia dessa vacina nasceu na UFMG, mas não é a primeira vacina contra insetos desenvolvida por profissionais da instituição. A vacina contra o mosquito palha, que é o transmissor da leishmaniose visceral canina e humana, foi a primeira desenvolvida pelo grupo, que hoje, possui a patente do produto.