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14 de dezembro de 2016
Dezembro Laranja: campanha alerta para os riscos de exposição solar

Dezembro Laranja: campanha alerta para os riscos de exposição solar

No ano de 2016, o Brasil deve registrar pelo menos novos 176 mil novos casos de câncer de pele: este é o tipo da doença de maior incidência no país e no mundo e, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca),pelo menos 25% dos tumores malignos estão diretamente relacionados à exposição ao sol. Evitar que este número continue a crescer faz parte de uma mudança cultural, em que a proteção à pele deixe de ser vista como vaidade para ser adotada como um hábito de prevenção à saúde. O alerta, unânime entre os especialistas, é o assunto da campanha Dezembro Laranja, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) há dois anos: neste ano, o mote da campanha é o controle de exposição ao sol.

Dermatologista do Instituto de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde, Joice Fontenelle de Sá explica que o aumento da incidência dos raios ultravioletas em todo o mundo é um agravante para o aumento dos casos de câncer de pele. Para ela, é fundamental que as pessoas entendam os efeitos nocivos da exposição ao sol sem proteção.

- Prestar atenção aos sinais que nosso corpo nos dá é essencial, como manchas e pintas que mudam de cor e tamanho. Se descoberta no início e tratada corretamente, é uma lesão tratável e a chance de cura chega a 100%. Além disso, também é importante observar casos de câncer de pele na família e, principalmente, evitar o sol em horários críticos - explica ela.

Um dos pontos mais ensolarados do planeta, graças à sua localização demográfica, o Brasil recebe com os raios solares com maior intensidade. Aliado à falta de conscientização da população quanto à necessidade de proteção constante, este fator colabora para os casos de câncer de pele no país. Por isso, o hábito de usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, precisa ser adotado por todos, independente de idade ou cor da pele.

Radiação solar – O espectro solar é formado por diferentes tipos de radiação, algumas com atuação benéfica. O problema, segundo especialistas, é quando a quantidade de energia absorvida é maior do que o tolerável. Os raios infravermelhos são responsáveis pela sensação de calor e pela desidratação da pele durante a exposição ao sol. Já os raios UV-A são os que bronzeiam superficialmente a pele, mas contribui para o envelhecimento precoce da pele. Os raios UV-B são os mais lesivos, em comparação com os UV-A, uma vez que, excessivamente, causam a queimadura solar (eritema), o envelhecimento precoce e o câncer de pele. Por último, os raios UV-C são aqueles que raramente atingem a superfície terrestre, mas que são extremamente prejudiciais, porque causam queimaduras solares e câncer.

#ControleoSol – O tom de pele bronzeada que se adquire após a exposição ao sol é, na verdade, uma defesa do organismo contra as radiações solares: ao produzir melanina, um pigmento natural da pele, nosso corpo busca reduzir a penetração das radiações UV-A e UV-B. Portanto, nos primeiros dias de exposição ao sol, é essencial que sejam usados protetores com fatores de proteção mais altos. Dessa forma, eles vão atuar de forma parecida à melanina, como um filtro aos raios.

FPS: como escolher? – Escolher corretamente o Fator de Proteção Solar para cada tipo de pele é fundamental. O FPS 8, por exemplo, permite a exposição da pele por um período oito vezes maior do que seria possível sem a sua utilização. Porém, é importante entender que isso não significa que a pele estará livre de queimaduras, já que, passado esse tempo, ela sofrerá os dados do sol.

Outra orientação de especialistas é não levar em consideração as áreas do corpo mais comumente expostas ao sol, como braços ou rosto, porque estas partes têm contato direto com o sol e seus efeitos provocam respostas diferentes nestas áreas. O ideal é garantir a máxima proteção, diariamente: quanto maior o valor do FPS, maior será o nível de proteção.

Sol para todos - Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja, pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros, mas isso não significa que todas as pessoas, independente do fototipo, não precisem adotar os cuidados. Entre as principais medidas de proteção, estão:

  • Usar chapéus, camisetas e protetores solares, inclusive em dias chuvosos e nublados;
  • Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão);
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material;
  • Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço;
  • Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas;
  • Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo;
  • Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.

 

Perfil do brasileiro – A pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para traçar um perfil dos hábitos de exposição solar no país mostrou que 106 milhões de pessoas no país se expõem ao sol de forma intencional nas atividades de lazer – 70% da população acima de 16 anos. Dos entrevistados que têm filhos até 15 anos, 20% dessas crianças e adolescentes não se protegem de forma alguma nas atividades de lazer. Quando analisadas as classes D/E, esse percentual sobe para 35%. A pesquisa mostra ainda que 63% dos brasileiros, mais de 95 milhões de pessoas, não usam protetor solar no seu dia a dia.

Esclareça suas dúvidas!

É realmente necessário passar filtro solar todos os dias?

Sim, menos à noite. Mesmo em dias nublados, as nuvens não conseguem filtrar os raios ultravioletas emitidos pelo sol. A chance de queimaduras no mormaço é igual ou ainda maior do que em dia de sol – isso porque, sem a sensação de calor, as pessoas tendem a se expor mais ao sol. É importante lembrar também que o sol emite três tipos de raios ultravioletas: UVB – com maior incidência entre as 10h e as 16h), UVA – que tem 95% de toda radiação UV) e o UVC, que é barrado pela camada de ozônio.

Como escolher o protetor solar ideal para cada tipo de pele?

Especialistas indicam que, para proteção contra o envelhecimento precoce e o câncer de pele, o ideal é que sejam utilizados protetores com Fator de Proteção Solar (FPS) acima de 15. Caso a pele seja morena escura ou negra, pode-se utilizar o FSP 20. Para as peles mais claras, o FSP deve ser superior a 40. Cada caso deve ser avaliado por um dermatologista. O essencial é não deixar de se proteger e sempre estar atento ao rótulo do produto, priorizando aqueles que protegem tanto contra os raios UVA quanto UVB.

Qual a forma correta de aplicar o protetor solar?

O produto deve ser espalhado, de maneira uniforme, por toda a pele com menos 15 minutos de antecedência à exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas, ou ainda, depois de cada mergulho ou em caso de suor excessivo.

Devemos usar o protetor solar mesmo à sombra?

Sim. Não se pode dispensar o uso da proteção solar mesmo sob o guarda-sol na praia, por exemplo, uma vez que a areia reflete a radição. Como explicado, é preciso usar até mesmo em dias nublados, uma vez que a radiação solar é capaz de atravessar as nuvens.

O uso excessivo de filtro pode prejudicar a produção de vitamina D?

Especialistas esclarecem que, apesar da redução variável dos níveis de vitamina D influenciados pelo uso regular de proteção solar, não há qualquer contraindicação neste sentido, uma vez que essa redução não é suficiente para causar deficiência. O organismo necessita de uma quantidade muito pequena de radiação para garantir o efeito necessário. Apenas em casos muito complexos são indicados os suplementos orais.

Com a proteção solar, como é possível se bronzear?

Primeiramente, é preciso que as pessoas respeitem sua própria genética e compreendam seus limites. Pessoas com pele muito clara precisam mais da proteção solar do que pessoas com a pele mais escura – isso porque a melanina está mais presente neste tipo de pele. O protetor solar vai diminuir a chance de se queimar, evitando que a pele fique vermelha ou até mesmo com bolhas. Com o filtro correto, o bronzeado acontece aos poucos e de maneira saudável. O fotoprotetor é apenas uma medida para que as pessoas possam aproveitar o sol sem prejudicar a saúde.

Secretaria de saúde
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