A ideia inicial era identificar por que bloqueadores de cálcio usados para reduzir a pressão inicial podem ter efeito contrário. Mas no decorrer de sua pesquisa, o professor Leandro Bergantin, doutor em ciência e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), percebeu que o medicamento poderia ser voltado para doenças neurodegenerativas e psiquiátricas. Com a descoberta ele pode ter dado o primeiro passo para a criação de medicamentos para prevenção de Alzheimer e Mal de Parkinson.

Conforme Bergantin explicou à reportagem da Agência Brasil, um importante estudo clínico publicado em 2016 descreveu que pacientes hipertensos que faziam uso de bloqueadores de canais de cálcio possuíam uma significante redução da incidência de Mal de Alzheimer. Segundo o professor, a partir dessa nossa descoberta foi inferir no mecanismo celular pelo qual os bloqueadores de canais de cálcio também poderiam reduzir a incidência de Mal de Alzheimer.

Não há uma previsão para a conclusão dos estudos, que estão sendo feito em parceria com pesquisadores estrangeiros, no entanto, o resultado pode ser um grande avanço para o tratamento de doenças cada vez mais presentes com o envelhecimento populacional.