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16 de dezembro de 2016
Adultos 'chatos pra comer'? Eles existem e podem ter a vida social e profissional afetada

Adultos

Cenoura, chuchu, alface, brócolis, couve... São todos, não resta dúvida, alimentos saudáveis, mas muita gente faz careta e vira a cara para eles. E não pense que quando falamos gente estamos nos referindo apenas a crianças. Muitos adultos também seguem sendo “chatos para comer” ao longo da vida.

Os adultos podem continuar mantendo as preferências infantis – os legumes são os menos preferidos –, mas acrescentam restrições, como consumir somente alimentos em forma de purê. É o que mostra um estudo realizado pela psicóloga Nancy Zucker, diretora do Centro para Distúrbios Alimentares da Universidade Duke, EUA.

A pesquisa ligou a seletividade ao comer em crianças em idade pré-escolar a problemas emocionais. Segundo o estudo, em alguns casos, um susto durante uma refeição infantil, engasgando ou vomitando, pode levar a se temer um ou mais alimentos. Conforme explica a psicóloga, as lembranças ligadas à comida são muito poderosas.

Em uma amostra de 2.600 adultos autoconsiderados seletivos, 75% relataram que o padrão teve início na infância. As estimativas de alimentação seletiva, dependendo da definição, variam de 5% a 25% entre as crianças. Entre os adultos, de acordo com a pesquisadora, não existe consenso sobre essa prevalência. Um dos motivos é de que muitos tentam manter o hábito em segredo, já que esse tipo de restrição é uma fonte comum de estresse que pode levar a problemas pessoais ou profissionais.

Algumas pessoas podem ter uma sensibilidade ampliada ou até mesmo uma percepção distorcida quanto a determinados gostos e cheiros. Todo alimento contém de dezenas a centenas de compostos voláteis que determinam o aroma e o sabor, mas o mesmo alimento pode ser percebido de formas distintas por dois indivíduos.

Às vezes aprendemos a gostar de alguma coisa o quanto mais somos expostos ao alimento. Mas nem sempre o problema é o paladar: existem adultos que rejeitam tomates crus por que se sentirem repelidos por alguma característica dele. Em casos extremos, algumas pessoas podem evitar todos os alimentos, problema que a Associação Psiquiátrica Americana chama de Transtorno Alimentar Seletivo (TAS).

De acordo com Nancy Zucker, alguns comedores seletivos adultos procuram ajuda quando estão preocupados em serem exemplos ruins para os filhos ou com medo de entrarem em pânico em refeições de negócios. Mas psicólogos e assistentes sociais podem ajudar os pacientes a ter uma perspectiva dos fatores biológicos, emocionais e sociais por trás do hábito.

Nancy compara o processo à recuperação física de uma lesão, exigindo muito trabalho e prática. Pacientes que comem somente alimentos em formato de purê podem precisar se consultar com um terapeuta ocupacional para aprender a mastigar e engolir de forma mais eficaz, por exemplo. Eles também aprendem a lidar com situações como comer em público ou explicar suas preferências alimentares a outras pessoas.

Secretaria de saúde
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