02 de fevereiro de 2017
Fiocruz coordena estudo sobre Profilaxia Pré-Exposição ao HIV
Coordenado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), projeto reúne instituições de saúde do Brasil, do México e do Peru para estudar a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP). Em pauta está o uso da truvada – combinação dos medicamentos tenofovir e emtricitabina em um único comprimido – como forma de prevenir a infecção por HIV em populações com risco considerável, como os homens que fazem sexo com homens (MSM), travestis e mulheres transexuais (TGW). O estudo prevê o desenvolvimento de políticas públicas e posterior disponibilização do medicamento visando reduzir o contágio pelo vírus HIV.
Até dezembro de 2016, nenhum país da América Latina havia implementado a PrEP como uma política pública de saúde. O projeto abordará áreas estratégicas, visando fornecer as informações identificadas nos programas públicos dos três países para sanar brechas estratégicas que dificultam o escalonamento dos planos, servindo como um catalisador para a preparação da implantação efetiva da PrEP. Ao todo, 19 cidades foram incluídas no estudo, sendo oito no Brasil – São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba. Florianópolis, Recife, Manaus e Brasília. A expectativa é que participem do estudo 7.500 pessoas dos três países ao longo de três anos.
Sobre a medicação da PrEP
O medicamento deve ser tomado diariamente fazendo com que o usuário desenvolva uma espécie de “barreia imunológica” contra o vírus HIV, oferecendo proteção ao manter relações sexuais. Entretanto, quem adotar a medicação não deverá abrir mão do uso da camisinha. A PrEP é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) mas é adotada apenas para o tratamento e não prevenção à doença em diversos países.