06 de fevereiro de 2017
Surto do vírus zika continua um ano após emergência global
Em fevereiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou como emergência de saúde pública de importância internacional a rápida propagação do vírus zika e o aumento de transtornos neurológicos e malformações congênitas. Desde então, 48 países e territórios das Américas confirmaram a transmissão do vírus zika por meio da picada de mosquitos desde 2015 e cinco países notificaram casos por transmissão sexual.
Mais de 200 mil casos foram registrados, mais da metade no Brasil, além de 2.618 casos de bebês nascidos com a síndrome congênita associada à infecção por esse vírus, a maioria também no Brasil. Em nível mundial, a avaliação de risco do zika não tem mudado e o vírus continua se propagando geograficamente para áreas onde existem vetores que transmitem a doença.
Passado um ano do anúncio da emergência, especialistas continuam trabalhando para entender mais sobre esse novo vírus, que se propagou por 76 países do mundo. Além disso, estão explorando formas de melhorar a resposta aos surtos, incluindo a investigação sobre o manejo integrado dos mosquitos que transmitem a doença.
Nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) continua fornecendo apoio técnico aos seus países membros em todos os aspectos de vigilância e controle do zika, com foco especial no manejo clínico, serviços laboratoriais e controle dos mosquitos vetores do vírus zika e também da dengue, chikungunya e febre amarela urbana.
Os especialistas consideram o zika como um desafio de longo prazo para a saúde pública. À medida em que a resposta continua, os esforços em longo prazo seguem com o objetivo de melhorar a detecção, prevenção, cuidados e apoio. A pesquisa também está centrada em formas de fortalecer a preparação e a reposta nos países afetados.