Com o objetivo de discutir as estratégias preventivas adotadas pela Secretaria de Estado de Saúde tendo em vista o atual cenário epidemiológico do país, especialistas de diferentes áreas participaram de um encontro, conduzido pelo subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Alexandre Chieppe.

A recomendação temporária de vacinação em 21 municípios localizados nas divisas com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo – com orientações específicas para imunização total ou parcial da população destas cidades – foi um dos temas debatidos. As prefeituras de cidades localizadas em áreas específicas indicadas pela SES, após a avaliação da circulação do vírus que vem sendo transmitido pelo vetor silvestre em áreas rurais e de mata nos estados vizinhos, estão tendo seus estoques de vacina reforçados desde o último mês, após o pedido de mais de 700 mil doses da vacina, feito pelo Estado ao Ministério da Saúde. O reabastecimento também contemplou os demais municípios do Estado, onde a recomendação para a vacina permanece restrita às pessoas que tiverem viagens planejadas para os locais onde há circulação comprovada do vírus.

- Consideramos que a estratégica de incluir municípios localizados nas divisas com os estados onde há casos comprovados da doença adequada, de acordo com o que avaliamos ser a melhor forma de atuação preventiva. Não descartamos, por exemplo, ampliar a área de recomendação temporária da vacina, já que nossas equipes de vigilância estão acompanhando constantemente a evolução do cenário epidemiológico – explica Alexandre Chieppe.

Estiveram presentes no encontro profissionais de renome da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como Celso Ramos, responsável pelo Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias e Roberto Medronho, diretor da Faculdade de Medicina da universidade; Alberto Chebabo, Presidente do CREMERJ; o primatologista Alcides Pissinatti, do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ/SEA); Victor Berbara, do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde; os representantes da Fiocruz, Isabel Balalai e Valdemir Vargas; o infectologista Edmilson Migowski, presidente do Instituto Vital Brazil; Luis José, do Centro de Referência em Arboviroses de Campos dos Goytacazes; Cristina Lemos, Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Participaram, também, técnicos da SVS.

- A participação de profissionais de renome, com profundo conhecimento sobre este tema, é importante para que possamos ter a troca de ideias e o debate quanto às estratégias que estamos adotando. É essencial que nossos especialistas estejam envolvidos e alinhados dentro do cenário em que nos encontramos. Nosso objetivo é a prevenção eficiente e segura para a população fluminense – finaliza Chieppe.