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03 de março de 2017
Câncer infanto-juvenil: tire suas dúvidas

Câncer infanto-juvenil: tire suas dúvidas

Entre 2009 e 2013 o câncer matou 17.527 jovens na faixa etárias de 15 a 29 anos. A doença foi a principal causa de morte por doença no período, perdendo apenas para causas externas, como acidentes ou mortes violentas. Os dados são da publicação Incidência, Mortalidade e Morbidade Hospitalar por Câncer em Crianças, Adolescentes e Adultos jovens no Brasil: Informações dos registros de câncer e do sistema de mortalidade, lançado pelo O Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), e o Ministério da Saúde (MS).

É a primeira vez que um panorama do câncer em adolescentes e adultos jovens, na faixa etária entre 15 e 29 anos, é traçado no Brasil. O trabalho do INCA/MS indica que a taxa média de mortalidade por câncer de adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos) foi de 67 por 1 milhão, no período de 2009 a 2013. Uma boa notícia é que essa taxa está estável nos últimos anos. Para ajudar a tirar dúvidas sobre o assunto e orientar adolescentes e jovens, o Blog da Saúde, do Ministério da Saúde, listou algumas dúvidas. Confira:

Quais tipos de câncer atingem mais a faixa etária entre 15 e 29 anos?

Nessa faixa etária, os tumores não são mais aqueles tumores típicos das crianças. São tumores mais comuns entre adultos. Câncer do colo do útero, na tireoide e da mama. Os chamados tumores germinativos (tumor dos testículos e dos ovários) e o melanoma têm uma representação bem importante nessa faixa. O câncer do colo do útero também tem uma incidência grande e entre os linfomas, o linfoma de Hodkin também aparece muito nessa faixa etária.

Os cânceres do aparelho geniturinário são, nessa faixa etária, principalmente, do colo do útero e os tumores germinativos. Apesar de ser típico de mulheres na faixa em torno de 50, 60 anos, estes tumores podem acontecer em pacientes jovens na faixa dos 20 anos. É o tumor que está associado à infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano). A boa notícia é que hoje temos, dentro do Programa Nacional de Imunização (PNI), a vacina contra HPV.

Outros tumores geniturinários que têm muita importância nessa faixa etária são os de células germinativas: o câncer do testículo e do ovário. São tumores bastante agressivos, mas estão entre os tumores com maior probabilidade de cura, mesmo em pacientes com doença avançada.

Como os pais, familiares ou os próprios adolescentes e jovens podem ficar atentos aos sinais e sintomas?

Os sinais e sintomas são típicos de um tumor em qualquer idade: emagrecimento sem explicação, surgimento de alguma dor que se mantém persistente durante mais de duas ou três semanas, sangramentos por traumas mínimos e febre por mais de três ou quatro semanas. Esses são sintomas que devem alertar o indivíduo a procurar o médico.

Há algum tipo de adolescente ou jovem que seja considerado grupo de risco?

Alguns tumores familiares e hereditários começam a surgir com maior frequência em pacientes mais jovens. Pacientes que têm esse histórico familiar, marcado por vários casos, devem ter um segmento desde uma faixa etária mais jovem. Na maioria dos casos, os tumores que acontecem nessa faixa de idade não têm uma causa muito bem definida. De modo geral, não há um grupo específico que deva ser observado uma forma diferenciada.

Como os hábitos podem ajudar a evitar o câncer?

Na lista dos tumores mais frequentes está o câncer do colo de útero. A prevenção primária deste câncer está relacionada à redução do contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual. A prática sexual desprotegida (sem o uso de preservativos) é um fator de risco e, por isso, o primeiro comportamento fundamental é informar os jovens sobre a prática do sexo seguro e a utilização de preservativos.

Além disso, há a recomendação de praticar atividade física regularmente, manter o peso adequado e limitar o uso de alimentos ultraprocessados, que são alimentos que aumentam o risco de obesidade. Outro fator de risco evitável é a exposição solar, que está associada ao desenvolvimento do melanoma, tipo de câncer de pele mais grave. Há, ainda, o tabagismo, que está relacionado a vários tipos de câncer (pulmão, cavidade oral, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero e leucemias). Não há limite seguro para o uso do tabaco e, portanto, não fumar também é uma forma de prevenção.

Secretaria de saúde
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