26 de abril de 2017
Diagnóstico tardio do HIV é maior obstáculo para combater vírus
Em 2015, apenas 60% das pessoas com HIV sabiam que estavam vivendo com o vírus. O índice foi tema de uma reunião do Comitê Consultivo Científico e Técnico do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). Em encontro em Genebra, nos dias 9 e 10 de abril, especialistas alertaram que o diagnóstico tardio de HIV representa a maior barreira para a supressão do agente patogênico em todo o mundo.
O UNAIDS considera que as principais barreiras à realização consciente e regular do teste de HIV incluem falta de conscientização individual sobre o risco, estigma, obstáculos legais e estruturais, além de custos associados aos serviços, como deslocamento até centros de saúde. O organismo internacional também reconhece que, entre as pessoas, há muitas vezes a percepção de que o diagnóstico do HIV traz poucos benefícios, caso não haja sintomas.
Taxas revelam que a comunidade internacional ainda tem um longo caminho a percorrer para cumprir as metas 90-90-90 da ONU. As metas 90-90-90 são um conjunto de compromissos dos Estados-membros da ONU para garantir que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estarão cientes de seu estado sorológico, 90% dos indivíduos com o vírus estarão sob tratamento e 90% das pessoas em tratamento estarão com a carga viral indetectável.