23 de maio de 2017
Brasil é referência mundial em aleitamento materno
Durante o lançamento da Campanha Doe Leite Materno, do Ministério da Saúde, o representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, Joaquín Molina, afirmou que as ações do país para estimular o aleitamento materno são uma referência para o mundo. A OPAS recomenda que bebês sejam alimentados exclusivamente com o leite da mãe durante os primeiros seis meses de vida e que a amamentação continue acontecendo, junto com a introdução de outros alimentos, por até dois anos ou mais.
Uma pesquisa publicada no periódico The Lancet afirma que o aleitamento materno está associado a uma redução de 13% na probabilidade de prevalência de sobrepeso e/ou obesidade e uma redução de 35% na incidência de diabetes tipo 2. Já um estudo publicado no American Journal of Health Promotion desmistifica suposições equivocadas e mostra que mães que amamentam se abstêm menos do trabalho do que as que dão fórmula infantil aos filhos. Isso porque os problemas de saúde das crianças alimentadas com leite materno costumam ser menos frequentes e graves.
Somente dez de 38 países nas Américas — Belize, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Panamá, Peru e Venezuela — concedem pelo menos 14 semanas de licença maternidade, conforme recomendado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse cenário não favorece a prática do aleitamento tal como defendida pela OPAS.
A OPAS alerta que o direito à amamentação em locais públicos deve ser garantido a todas as populações, bem como outros direitos envolvendo a ausência justificada do ambiente de trabalho para cuidar dos recém-nascidos.