Este ano, o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde para as comemorações do Dia Mundial Sem Tabaco, realizado em 31 de maio, é “Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento”. A iniciativa visa levantar um questionamento sobre os danos ambientais, sanitários e sociais para quem produz tabaco, especialmente no meio agrícola, ampliando a dimensão dos danos e prejuízos para a sociedade.
De acordo com o documento divulgado sobre a campanha, o tema “demostrará as ameaças que a indústria do tabaco representa para o desenvolvimento sustentável de todos os países, incluindo a saúde e o bem estar econômico dos cidadãos”. E também “propõe medidas que os governos e o público devem tomar para promover a saúde e o desenvolvimento, confrontando a crise global do tabaco”.

O tratamento de doenças causadas por tabaco geram prejuízos para nações, sem contar que os danos não se limitam à esfera do consumidor, ampliando-se na cadeia de produção do produto. No Brasil, em 2011 foram gastos 21 bilhões de reais com tratamento de 15 tipos de doenças tabaco-relacionadas, não contabilizando gastos com doenças maternas infantis tabaco relacionadas, doenças causadas pelo tabagismo passivo, como aposentadorias entre outras. Sem contar que os danos não se limitam à esfera do consumidor, ampliando-se à cadeia de produção do produto.

Produção

O ciclo produto dura cerca de 10 meses e é bem exigente em termos de força de trabalho do fumicultor. Mais de 150 mil famílias estão envolvidas na produção do tabaco no Brasil, que é o segundo maior produtor. Desde a preparação para o plantio até a colheita são usados diversos agrotóxicos.

Estudos comprovam que os efeitos imediatos da poluição ambiental causada pela fumaça do tabaco não são apenas de curto prazo. A exposição aguda e crônica a esses produtos pode causar diversas doenças, como vários tipos de câncer, lesões hepáticas, lesões renais, distúrbios do sistema nervoso, esterilidade masculina, reações alérgicas, fibrose pulmonar irreversível, hiperglicemia, entre outras.

Iniciativas e apoio

Há, no Brasil, mais de 15 milhões de fumantes que precisam de estímulos e apoio para deixar de fumar.

O estado do Rio de Janeiro tem investido na implementação de políticas públicas e promoção de saúde através das ações coordenadas pela Área Técnica de Controle do Tabagismo, nos 92 municípios, capacitando equipes multiprofissionais, formando grupos de trabalho para tratamento da cessação do tabagismo, alcançando o marco de 32.715 usuários atendidos em 2015, último período apurado.