01 de junho de 2017
Gripe: perguntas e respostas sobre a vacina
Iniciada em 17 de abril, a Campanha Nacional de Vacinação deveria ter sido encerrada no dia 26 de maio, mas devido a baixa procura pela vacina, foi prorrogada em todo o país até o dia 9 de junho. No Rio de Janeiro, até o dia 23 de maio, menos da metade do público-alvo havia sido imunizado. Apenas dois entre os 92 municípios fluminenses atingiram a meta de vacinar 90% do público-alvo. Em 32 cidades, a cobertura vacinal informada pelas secretarias municipais de Saúde está abaixo de 40%.
Diante disso, na melhor do que esclarecer algumas dúvidas importantes sobre a vacinação. Para que a população entenda melhor a vacinação contra a gripe, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) preparou uma série de perguntas e respostas. Confira:
Vou ficar gripado (a) após me vacinar?
Não. A vacina contra a influenza (gripe) é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades não podendo, portanto, causar gripe. Quadros respiratórios simultâneos podem ocorrer sem relação causa-efeito com a vacina.
A vacina contra a gripe causa algum efeito colateral?
A vacina usada na campanha contra a gripe é segura e bem tolerada. Em alguns casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento. Além disso, as pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos – substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos – podem apresentar mal-estar, mialgia ou febre. Todas estas ocorrências tendem a desaparecer em 48 horas.
Por que nem todo mundo recebe vacina gratuitamente?
A Campanha Nacional de Vacinação será realizada com definição de grupos prioritários para receber a vacina. O objetivo da estratégia de vacinação é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, na população alvo para a vacinação.
Nesta campanha, além de indivíduos com 60 anos ou mais de idade, serão vacinadas as crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores da saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Também serão incluídos para a vacinação, neste ano, os professores das escolas públicas e privadas. O público alvo, portanto, representará aproximadamente 60 milhões de pessoas. A meta é vacinar, pelo menos, 90% dos grupos elegíveis para a vacinação.
O que são grupos prioritários?
São grupos que estão vulneráveis a contrair a gripe e desenvolver complicações, como pneumonia e até mesmo o óbito. Os grupos prioritários são recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e fazem parte da estratégia do Ministério da Saúde.
Resfriado comum e síndrome gripal são a mesma coisa?
Não, o resfriado comum é uma infecção viral de sintomas mais brandos que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade.
Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaleia). Assim como na influenza, no resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.
Os principais agentes infecciosos do resfriado comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus. A gripe é também uma infecção viral, que se caracteriza pelo surgimento de febre alta, cefaleia, dores no corpo, mal-estar, tosse seca, dor de garganta e coriza. Este quadro pode perdura por 7 a 10 dias.
A vacina contra gripe imuniza contra resfriado?
Não, pois o resfriado é diferente de gripe. A vacina não imuniza contra o resfriado causado por outros vírus.
Caso eu esteja gripado, é melhor esperar uma melhora para vacinar?
Sim, é importante melhorar da gripe antes de receber a vacinação, para que caso haja alguma complicação da gripe esta não seja atribuida à vacinação. Nesse caso, a vacinação deve ser adiada até o desaparecimento dos sintomas.
Quais as medidas de proteção para a população não vacinada?
Para se prevenir, as pessoas devem ser orientadas a tomar alguns cuidados de higiene como: lavar bem, e com frequência, as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal e, ainda, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.