Para comemorar o Dia Mundial Sem Tabaco (31/05), a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) promoveu, nos dias 30 e 31, uma exposição no hall de sua sede, na Rua México, no Centro. “O controle do tabaco no Brasil: uma trajetória” mostra uma sequência de embates entre as organizações brasileiras ligadas à saúde e indústria do fumo, no século passado.

“Essas imagens ilustram como foi tudo tão difícil com relação ao tabaco e tudo o que conquistamos. Foram quase 100 anos até chegarmos ao patamar onde estamos, com a conquista de lei que proíbe o fumo em local fechado, por exemplo. E o marketing também teve que se adequar”, explica a Coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis, Eralda Ferreira.

A Lei Estadual 5517/09 proíbe fumar em ambientes fechados como interior de bares, boates, restaurantes, escolas, museus, áreas comuns de condomínios e hotéis, casas de shows, açougues, padarias, farmácias, supermercados, shoppings, repartições públicas, hospitais e táxis. Tal medida visa preservar os fumantes passivos, que inalam a fumaça do tabaco aumentando em cerca de 30% o risco de câncer de pulmão, 25% o risco de infarto e, em crianças, 50% as chances de elas desenvolverem doenças respiratórias.

“Isso significa também preservar a saúde do próprio fumante. Pois fumando em local fechado ele inala duas vezes: a de forma direta e indireta”, afirma Eralda.

Os painéis mostram como a produção e o consumo de cigarros foram incentivados pela indústria e um resumo das ações de saúde pública voltadas para o seu controle. Durante a exposição também foram distribuídos panfletos explicativos, de conscientização quanto aos malefícios do tabaco e dicas para quem deseja parar de fumar.