26 de julho de 2017
OMS registra aumento de políticas de controle do tabaco em todo o mundo
O último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a epidemia mundial de tabagismo revela um aumento no número de países que implantaram políticas de controle do tabaco. As iniciativas vão desde proibições de publicidade até áreas livres do fumo.
Graças a estas políticas, aproximadamente 4,7 bilhões de pessoas - 63% da população mundial - estão protegidas por ao menos uma medida integral de controle do tabaco. Este número quadruplicou desde 2007, quando só um bilhão de pessoas (15% da população mundial) estavam protegidas.
Segundo a OMS, as estratégias para aplicar essas ações têm salvado milhões de pessoas de uma morte prematura. No entanto, a indústria do tabaco continua prejudicando os esforços dos governos para implantar plenamente as intervenções de vida e de economia de custos, de acordo com o relatório da organização.
Segundo o documento, ainda que o monitoramento sistemático da interferência da indústria do tabaco na formulação de políticas governamentais protege a saúde pública, evidenciando as táticas dessa indústria, que incluem o exagero na importância econômica da indústria do tabaco, desacreditando a ciência comprovada e usando litígios para intimidar os governos.
Para Douglas Bettcher, diretor do departamento da OMS para a prevenção de doenças não-transmissíveis, a interferência da indústria do tabaco na formulação de políticas governamentais representa uma barreira mortal para o avanço da saúde e do desenvolvimento em muitos países. No entanto, segundo ele, ao monitorar e bloquear tais atividades é possível salvar vidas e plantar sementes para um futuro sustentável .
O uso do tabaco é a principal causa evitável de mortes em todo o mundo, matando mais de 7 milhões de pessoas por ano. Os seus custos econômicos também são enormes, totalizando mais de US$ 1,4 trilhão em custos de saúde e perda de produtividade.