26 de julho de 2017
Mortes relacionas à Aids caem pela metade
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) lançou no dia 20 de julho um relatório que mostra que mais da metade de todas as pessoas que vivem com HIV no mundo (53%) agora têm acesso ao tratamento do HIV. Além disso, as mortes relacionadas à AIDS caíram quase pela metade desde 2005.
Em 2016, 19,5 milhões das 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV tiveram acesso ao tratamento, e mortes relacionadas à AIDS caíram de 1,9 milhão em 2005 para 1 milhão em 2016. Considerando a continuidade desses avanços, os dados colocam o mundo no caminho certo para atingir o objetivo global de 30 milhões de pessoas em tratamento até 2020.
90-90-90
O relatório Acabando com a AIDS: progresso rumo às metas 90–90–90 fornece uma análise detalhada dos avanços e desafios. Os objetivos foram lançados em 2014 para acelerar o progresso na resposta ao HIV, de modo que, até 2020, 90% de todas as pessoas vivendo com HIV conheçam seu estado sorológico positivo para o vírus, 90% de todas essas pessoas diagnosticadas com HIV tenham acesso ao tratamento antirretroviral, e 90% de todas as pessoas em tratamento tenham carga viral indetectável.
O relatório mostra que, em 2016, mais de dois terços (70%) das pessoas vivendo com HIV conheciam seu estado sorológico positivo. Das pessoas diagnosticadas HIV positivas, 77% têm acesso ao tratamento e, das pessoas com acesso ao tratamento, 82% têm carga viral indetectável, protegendo sua saúde e ajudando a prevenir a transmissão do vírus.
O relatório aponta, também, desafios. São questões que ainda precisam evoluir, como o índice de crianças que vivem com HIV em tratamento e uma atenção especial aos jovens que, segundo o relatório, continuam sob grande risco de infecção, e aos homens.
Tratamento para crianças que vivem com HIV
Apenas 43% das crianças que vivem com HIV têm acesso à terapia antirretroviral, em comparação com 54% dos adultos. O relatório também revela que cerca de dois terços das crianças menores de dois anos são diagnosticadas com atraso e iniciam o tratamento com imunodeficiência avançada, o que resulta em alta taxa de mortalidade para crianças dessa faixa etária. É necessário ampliar as ações para diagnóstico e tratamento de crianças que vivem com HIV.
Os jovens estão ficando para trás
Jovens de 15 a 24 anos estão ficando para trás em várias frentes — conhecimento sobre o HIV, testagem, tratamento e prevenção do HIV. Os jovens continuam sob grande risco de infecção pelo HIV.
Os homens não estão sendo alcançados
O relatório revela que menos de 50% dos homens jovens sabem como se proteger da infecção pelo HIV. Também aponta que os homens são muito menos propensos do que as mulheres a conhecer seu estado sorológico para o vírus ou a iniciar o tratamento antirretroviral. Menos de 50% dos homens que vivem com HIV têm acesso à terapia antirretroviral.
De acordo com a publicação, muitos homens que vivem com HIV são diagnosticados com atraso e começam o tratamento apenas quando ficam doentes, o que os torna muito mais propensos a morrer de doenças relacionadas à AIDS do que as mulheres. As mortes por doenças relacionadas à AIDS foram 27% menores entre as mulheres do que entre os homens.