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14 de junho de 2013
Hospital Estadual da Mãe completa um ano nesta sexta-feira

Hospital Estadual da Mãe completa um ano nesta sexta-feira
O Hospital Estadual da Mãe completa um ano nesta sexta-feira (14/6) com 4.189 motivos para comemorar: a unidade realizou 3.092 partos normais e 1.097 cesarianas de 14 de junho do ano passado até 31 de maio deste ano. Com 12 leitos de pré-parto e 70 leitos clínicos, os números mostram que a maternidade, localizada em Mesquita, já se tornou uma referência para os moradores da Baixada Fluminense. Desde que abriu as portas, a unidade registrou 12.399 atendimentos médicos e 23.948 consultas com a equipe multiprofissional, formada por psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais.

A data vai ser comemorada com bolo e café da manhã para os funcionários. Foram convidados para a festa Amanda Kelly Simplício Felix e sua filha Maria Eduarda, primeiro bebê nascido na unidade. O hospital, um complexo composto pela maternidade e a Clínica da Mãe, realiza, além de partos, todo o pré-natal, exames e consultas com os profissionais especializados na atenção materna.

Atendimento - A Clínica da Mãe responde pelo atendimento ambulatorial da unidade. Das 8h às 17h, as gestantes fazem o pré-natal e exames laboratoriais, raio-X e ultrassom, — dentro da frequência exigida para cada caso pelo protocolo da Organização Mundial de Saúde e da Associação Americana de Ginecologia e Obstetrícia. Em um ano, o Hospital da Mãe realizou 8.242 ultrassonografias, 859 raios-X e 115.674 exames laboratoriais — sangue e urina, entre outros. Como se trata de uma maternidade, a unidade conta com três tipos de especialidades médicas: obstetras, pediatras e anestesistas.

Para aliviar as dores e os desconfortos das gestantes, o Hospital da Mãe oferece, desde dezembro de 2012, serviço de fisioterapia, inédito na rede estadual de saúde. Nas sessões, as futuras mães praticam alongamentos e exercícios para melhorar a flexibilidade e o aumento da força. Também descobrem um novo jeito de realizar atividades do dia-a-dia, como agachar, levantar da cama, carregar peso, e recebem informações para auxiliá-las na hora do parto, como a melhor forma de respirar, como fazer para reduzir a dor, que tipo de força é preciso fazer.

Alívio da dor - Um dos diferencias da maternidade está na qualidade do atendimento e no conforto que busca oferecer às pacientes. Pensando nisso, o hospital passou a usar, em setembro de 2012, de forma inédita nas maternidades do país, o óxido nitroso, que, no passado, ficou conhecido como gás do riso, para aliviar as dores da contração uterina antes do parto normal. Trata-se de um dos componentes comuns nas anestesias, que, isolado, funciona como um ótimo analgésico quando inalado. As pacientes começam a sentir o alívio em 40 segundos e o gás não causa qualquer mal à saúde do bebê.

— O óxido nitroso age enquanto a pessoa está respirando o gás. Ajuda muito no atendimento às pacientes adolescentes, que chegam agitadas, com as dores do corpo e as dores sociais, já que muitas enfrentam problemas com a família e não têm o apoio do pai do bebê. O alívio proporcionado pelo gás permite que elas percebam que estamos aqui para auxiliá-las e assim ajuda a criar uma relação de confiança com o médico — explica o anestesista Carlos Eduardo Lopes Nunes, coordenador da anestesia e diretor clínico do Hospital da Mãe.

Segundo Carlos Eduardo, na Inglaterra o óxido nitroso é utilizado de forma isolada como um analgésico desde o começo do século XX. No Hospital da Mãe, a própria paciente pode controlar o uso do gás, de acordo com a intensidade da própria dor. Isso porque a paciente aproxima o bocal descartável para inalar o gás quando deseja. Todo o procedimento é acompanhado por um anestesista.

— Hoje 18% dos partos normais que fazemos utilizam algum tipo de analgesia. A nossa meta é aumentar o uso de anestesia para 25% para proporcionar mais conforto às mulheres. O paciente anestesiado precisa de acompanhamento médico — disse Carlos Eduardo.

Recém-nascidos - Dedicado ao atendimento de baixa complexidade, o Hospital da Mãe recebe gestantes enviadas por outras unidades de saúde. Os casos de alta complexidade — como grávidas hipertensas e diabéticas — são encaminhadas para o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti. Embora não seja dedicado à demanda espontânea de pacientes que não realizam pré-natal no hospital, o setor de Acolhimento, realizou 23.200 atendimentos de emergência. Foi o caso de Patrícia Correia Mello, de 22 anos. Moradora de Mesquita e mãe de Pâmela, de 5 anos, que chegou à unidade assustada, com sangramento.

— Fiquei internada por uma semana e recebi três bolsas de sangue. Depois, fiz o pré-natal. O que mais me chamou a atenção no atendimento foi a atenção que a gente recebe aqui — conta Patrícia, internada na unidade depois de dar à luz Paloma, sua segunda filha.

A unidade também presta os primeiros atendimentos aos recém-nascidos. Até o 28º dia, caso o bebê apresente algum problema de saúde, as mães podem recorrer ao hospital. Além disso, a equipe de profissionais da unidade aplica o teste da orelhinha, para avaliar se a criança apresenta problemas de audição, do pezinho, que detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas capazes de causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê, e do coraçãozinho, para avaliar a possibilidade de problemas cardíacos.

Registro - De olho no presente e no futuro, o hospital, que realiza 500 partos por mês, acaba de ampliar o atendimento oferecido pelo posto do cartório instalado na unidade. A partir de junho, o cartório, que antes atendia de terça a sexta, passou a fazer o registro dos recém-nascidos, de segunda a sexta, das 8h às 17h, e aos sábados, até o meio-dia.

— Quando completarmos dois anos, queremos atingir a marca de 70% de crianças registradas antes mesmo de deixar o hospital. Com a ampliação do serviço, a previsão é de que já neste mês a gente consiga saltar de 30% para 60% dos bebês registrados — comemora o diretor clínico do Hospital da Mãe.

Secretaria de saúde
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