25 de setembro de 2017
Governos devem intensificar esforços para o combate às doenças crônicas não-transmissíveis, alerta OMS

Segundo um novo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os governos devem intensificar os esforços para controlar as doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) e cumprir com os objetivos acordados globalmente. Isso inclui prevenir as mortes prematuras de milhões de pessoas que vivem com essas condições.
O Relatório de Progresso para as doenças crônicas não-transmissíveis (Progress Monitor, em inglês),que descreve as ações dos países para estabelecer metas, implementar políticas que abordem os quatro principais fatores de risco para as DCNT – tabaco, dieta não saudável, inatividade física e uso nocivo do álcool – e criar capacidades para reduzir e tratar essas enfermidades.
Segundo a OMS, os progressos nacionais na luta contra as DCNTs são limitados, especialmente no caso de doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares, cânceres e diabetes – que atualmente são os maiores assassinos do mundo, tirando anualmente a vida de 15 milhões de pessoas com idade entre 30 e 70 anos. No entanto, o relatório mostra que o progresso em todo o mundo tem sido desigual e insuficiente.
No prefácio do “Relatório de Progresso”, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, destacou os avanços na resposta às DCNT, mas pediu novas ações. “É necessária uma ação política mais clara para lidar com restrições, incluindo a mobilização de recursos internos e externos e salvaguardando comunidades de interferências de operadores econômicos poderosos".
As descobertas do Relatório de Progresso vão apoiar um relatório da OMS que será apresentado ao Secretário-Geral das Nações Unidas ainda este ano, antes da terceira reunião de alto nível da ONU sobre DCNTs, em 2018.
Situação nas Américas
Nas Américas, as DCNT são responsáveis por 80% (5,2 milhões) de todas as mortes. Trinta e cinco por cento das mortes causadas pelas quatro principais doenças crônicas não-transmissíveis ocorreram prematuramente em pessoas de 30 a 70 anos. A Costa Rica e o Brasil se classificaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, na lista dos países com melhor desempenho.
O Brasil alcançou 13 dos 19 indicadores estabelecidos pela OMS, entre eles a implementação de medidas para a redução das dietas não saudáveis e a conscientização sobre a importância de atividades físicas. Com uma população de 206 milhões de habitantes, o país registra 928 mil mortes por doenças crônicas não-transmissíveis – 73% das mortes no país acontecem devido a essas enfermidades. O risco de morte prematura por DCNTs é de 17%.