O Dia Mundial da Alimentação é celebrado em 16 de outubro e a cada ano é sugerido um tema pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. O tema escolhido para 2017 é: “Mude o futuro da migração. Investir na segurança alimentar e no desenvolvimento rural”.

A fome, a pobreza e o aumento de alterações climáticas estão entre os fatores importantes que contribuem para a migração dos povos. A movimentação da população dentro de seu próprio país ou para outros, principalmente para os países em desenvolvimento com poucos recursos, pode gerar situações de insegurança alimentar. Isso acontece quando o acesso e a disponibilidade de alimentos são escassos. Se uma família não tem acesso regular e permanente à alimentação, em quantidade e qualidade adequadas, ela está em situação de insegurança alimentar.

Desde 2014, o Brasil não se encontra mais no Mapa da Fome. Porém, segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde há risco de voltarmos de onde saímos. Isso ocorre quando o país tem menos de 5% da população ingerindo calorias abaixo do recomendado.

Na 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) foram apontados temas importantes para garantir o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável. São necessárias articulações, apoio e incentivo para o aumento da produção de alimentos adequados e saudáveis produzidos pelos pequenos agricultores, famílias, povos indígenas, povos e comunidades tradicionais; livres de agrotóxicos e transgênicos entre outros. Para tanto, há necessidade de participação da sociedade civil nos mecanismos de Controle Social, que são espaços privilegiados de participação, discussão e exercício da cidadania, fundamental no processo de democratização da gestão de políticas públicas e de controle da sociedade sobre as ações do governo.

O sistema de produção e distribuição dos alimentos pode promover justiça social e proteger o ambiente ou, o contrário, gerar desigualdades sociais e ameaças aos recursos naturais e à biodiversidade, que são a riqueza e variedade de animais e vegetais.

O Dia Mundial da Alimentação promove a discussão a respeito da segurança alimentar e nutricional. O Brasil enfrenta tanto a desnutrição quanto o excesso de peso, que acomete mais de 50% da população. É necessário valorizar a produção regional e local de alimentos, hábitos alimentares culturais saudáveis e uma alimentação baseada em “comida de verdade” ou minimamente processada, como: fruta, legumes, verduras, feijão, arroz, carnes, peixes frescos e ovos. A recomendação é não consumir alimentos ultraprocessados, que são os ricos em gorduras, sal e açúcar, tais como biscoitos, massas instantâneas, refrescos e bebidas açucaradas, sorvetes, balas, cereais açucarados e temperos industrializados entre outros.