21 de novembro de 2017
Estudo aponta que vigilância auxilia prevenção de febre amarela
Monitoramento contínuo, testagem laboratorial de mosquitos e de primatas não humanos encontrados mortos e aumento da vacinação são ações cruciais para prevenir casos humanos de febre amarela. Esta é a recomendação de pesquisadores da Fiocruz Bahia, após a investigação do surto da doença em animais ocorrido em Salvador, cujos resultados foram publicados no periódico científico Annals of Internal Medicine, na última terça-feira (7/11), no artigo intitulado Epizootic Outbreak of Yellow Fever Virus and Risk for Human Disease in Salvador, Brazil.
A equipe de pesquisadores analisou a distribuição temporal do surto que afetou pequenos primatas (micos) e a distribuição espacial onde os macacos foram encontrados mortos, além de coletar mosquitos nestes locais para investigação do potencial de transmissão desses vetores. Os achados da pesquisa sugerem que a ocorrência de febre amarela em primatas não humanos que habitam áreas densamente urbanizadas representavam um risco considerável de ressurgimento de doença em seres humanos, devido aos altos índices de infestação dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Sendo assim, os autores concluíram que a vigilância e monitoramento das populações de mosquitos e de macacos e o aumento da cobertura da vacinação contra a febre amarela podem ajudar a prevenir casos das doenças em humanos, no Brasil.