23 de janeiro de 2018
Saiba mais sobre a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)
O Ministério da Saúde começou no início de dezembro a distribuir as profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) para prevenir o HIV entre populações-chave em 35 localidades do país. No primeiro ano a PrEP será oferecida a 9 mil homens que fazem sexo com homens, trabalhadoras sexuais e pessoas trans por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa brasileiro busca oferecer a PrEP para 54 mil pessoas nos próximos cinco anos.
Mas você sabe o que é Profilaxia Pré-Exposição? Mais recente, esta forma, mais uma, de prevenção ao HIV ainda é desconhecida da maior parte das pessoas. Por isso, o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde criou uma página dedicada exclusivamente à Profilaxia Pré-Exposição ao Risco à Infecção pelo HIV (PrEP). http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/previna-se/profilaxia-pre-exposicao-prep-0
A PrEP
Lançada no Brasil em 2017, a Profilaxia Pré-Exposição é mais uma bem-vinda opção no leque de alternativas oferecidas pela Prevenção Combinada ao HIV. O objetivo da PrEP é prevenir a infecção pelo HIV por meio da administração diária de uma pílula que contém dois medicamentos: tenofovir + entricitabina. Esses medicamentos bloqueiam alguns caminhos que o HIV usa para infectar o organismo. Assim, se tomado diariamente, a PrEP diminui a possibilidade de o HIV se estabelecer e se espalhar pelo corpo.
Mas a PrEP não é para todos. Ela é indicada prioritariamente para pessoas trans, gays e outros homens que fazem sexo com homens, trabalhadores/as do sexo e casais sorodiferentes. Não basta, entretanto, fazer parte de um desses grupos. Os médicos prescrevem a profilaxia somente para aquelas pessoas com maior chance de entrar em contato com o HIV por não usarem preservativos nas relações sexuais e estarem mais expostas ao risco de infecção.
Por essa razão, a consulta aos profissionais de saúde é fundamental para determinação ou não do uso da profilaxia de acordo com o estilo de vida e a maior ou menor vulnerabilidade da pessoa ao risco de infecção. Ao mesmo tempo, há de se considerar que a o uso da medicação não previne contra outras doenças sexualmente transmissíveis como sífilis e gonorreia, e nem contra a gravidez. Por isso, o uso da camisinha precisa ser considerado.