29 de janeiro de 2018
Prevenção combinada: proteção contra HIV além da camisinha
Quando o assunto é prevenção a uma infecção pelo HIV, talvez a primeira coisa que venha a cabeça seja camisinha. De fato, o preservativo é uma excelente e prática estratégia de prevenção ao HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), mas hoje não é o único meio para evitar estas doenças. Outras alternativas eficazes fazem parte do que os especialistas chamam de prevenção combinada.
A Prevenção Combinada associa diferentes métodos (ao mesmo tempo ou em sequência) conforme as características e o momento de vida de cada pessoa. Entre os métodos que podem ser combinados, estão a testagem regular para o HIV, que pode ser feita gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS); a prevenção da transmissão vertical (quando o vírus é transmitido para o bebê durante a gravidez); o tratamento de infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais; a imunização para as hepatites A e B; programas de redução de danos para os usuários de álcool e outras substâncias; a profilaxia pré-exposição (PrEP); profilaxia pós-exposição (PEP); e o tratamento de pessoas que já vivem com HIV.
Camisinha
O preservativo ainda é o método de prevenção mais usado, sendo o mais barato e de fácil acesso. O Ministério da Saúde mantém a distribuição dos preservativos masculinos e femininos em todo o Brasil. Mas talvez você se pergunte: e se falhar? E se, como as pessoas costumam dizer, a camisinha estourar? A recomendação neste caso é a mesma para o caso de fazer sexo sem uso do preservativo.
Esta recomendação tem nome: Profilaxia pós-exposição de risco ao HIV. Conhecida como PEP, trata-se da combinação de antirretrovirais que devem ser tomados durante 28 dias. A PEP é oferecida gratuitamente em serviços de referência em todos os estados. O tratamento deve ser iniciado em até 72 horas, após o possível contato com vírus tanto numa relação sexual desprotegida, quanto num acidente com instrumentos cortantes (como agulhas, alicates etc.).
PrEP
Outra opção é a PrEP, que é a utilização do medicamento antirretroviral por aqueles indivíduos que não estão infectados pelo HIV, mas que se encontram em situação de elevado risco de infecção. Com o medicamento já circulando no sangue no momento do contato com o vírus, o HIV não consegue se estabelecer no organismo. A PrEP é a mais nova tecnologia de prevenção ao HIV, introduzida no SUS no ano passado. Ela está disponível atualmente em 36 serviços em 11 unidades federadas, incluindo o Distrito Federal. No momento, os grupos que tem indicação para receber a PrEP são: os profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens e gays, população trans, e casais sorodiferentes (quando um tem o vírus e o outros não).