29 de agosto de 2013
Dia Nacional de Combate ao Fumo: campanha fala sobre os riscos de fumar narguilé
O dia 29 de agosto é sempre lembrado no Brasil como o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Todos os anos são feitas inúmeras campanhas de conscientização sobre esse vício que prejudica a saúde de fumantes ativos e passivos. Este ano não será diferente. “Parece inofensivo, mas fumar narguilé é como fumar 100 cigarros” foi o slogan escolhido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para divulgar a campanha deste ano, que tem o objetivo de informar jovens e adultos sobre os riscos de fumar narguilé, prevenindo a iniciação e a experimentação, que ocorre principalmente entre os 13 e 25 anos.
Dados da pesquisa Vigilância de Tabagismo em Escolares (Vigescola), do Ministério da Saúde, mostram que de 20% a 45% dos jovens de 13 a 15 anos já experimentaram cigarro – dependendo da cidade/ano. Outro estudo que serve como alerta para a população foi realizado pelo IBGE em parceria com o Inca e comprova que 75% dos fumantes brasileiros tiveram seu primeiro contato com o cigarro até os 18 anos e 67% começaram a fumar regularmente com 18 anos ou menos.
Pesquisas recentes indicam que adolescentes fumantes têm alto risco de se tornarem adultos fumantes. E quanto mais cedo for estabelecida uma dependência, maior o risco de câncer, outras doenças crônicas e morte prematura. Por isso, é importante prevenir o tabagismo, especialmente entre os jovens.
Narguilé
O narguilé, também conhecido como cachimbo d’água, é um dispositivo utilizado para fumar, onde o tabaco é aquecido e a fumaça produzida passa por um filtro de água até ser aspirada pelo fumante através de uma mangueira. Esse filtro passa a impressão de que o narguilé é menos prejudicial à saúde. Mas isso não é verdade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma sessão de narguilé dura de 20 a 80 minutos, gerando uma exposição a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros. Além disso, outra situação é muito preocupante. O narguilé pode ser usado por várias pessoas ao mesmo tempo, reforçando a socialização que tanto atrai os jovens.
O uso do cachimbo d’água é frequentemente associado por estudos ao desenvolvimento de câncer de pulmão, boca e bexiga, doenças respiratórias, doença periodontal, doenças coronarianas e exposição a concentração de nicotina, que causa dependência. Os riscos também são extensivos a doenças infectocontagiosas como herpes, hepatite C e tuberculose, devido ao compartilhamento do bocal entre usuários.
Tratamento
O tabagismo é uma doença que causa três dependências: física, psicológica e comportamental. O tratamento reformula a forma como o fumante lida com seus sentimentos, promove mudanças de hábitos e, quando necessário, recorre a medicamentos que evitem os sintomas de abstinência. Estes medicamentos são os adesivos transdérmicos de nicotina, a pastilha e goma de nicotina e a bupropiona, que são adquiridos pelo Ministério da Saúde e distribuídos aos estados que, por sua vez, distribuem aos municípios que tenham o programa estruturado.
Os pacientes são avaliados individualmente para que sejam identificados os tipos de dependência, histórico do tabagismo, motivação e outros aspectos que possam auxiliar o tratamento. Depois da avaliação, o paciente é encaminhado para o tratamento mais adequado ao seu caso.
Os municípios são responsáveis pela execução do programa, condução dos grupos de fumantes e a dispensação dos medicamentos, se necessário. Se você deseja parar de fumar, verifique junto à Secretaria Municipal de Saúde do seu município qual unidade mais próxima de sua residência ou trabalho que oferece o tratamento e repasse o seu histórico em relação a sua saúde e ao vício do tabaco para que eles possam melhor atendê-lo.
A luta pela saúde e por uma vida sem fumo não é só sua. Estamos juntos todos os dias para combater o fumo!