13 de abril de 2018
Fiocruz inova no diagnóstico molecular de febre amarela
A vacina da febre amarela é considerada segura e apresenta eficácia de 95% a 99%. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos. Nesses casos pouco frequentes, ocorrem sintomas idênticos aos da infecção natural pelo vírus. Para distinguir a origem do caso é necessário identificar, em laboratório, se o paciente apresenta o vírus selvagem – aquele em circulação num determinado local, transmitido pela picada de mosquitos – ou o vírus atenuado – que é utilizado na produção da vacina.
Uma inovação em diagnóstico molecular idealizada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e desenvolvida em parceria com a Universidade de Bonn, da Alemanha, permite diferenciar com precisão e mais agilidade se a origem do caso foi uma transmissão comum ou um evento adverso após a vacinação. A novidade foi desenvolvida pelo Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz, que atua como referência regional para febre amarela junto ao Ministério da Saúde.
O método diferencial, que utiliza a técnica de RT-PCR em tempo real, supera em muito a velocidade da tradicional técnica de sequenciamento genético do vírus, atualmente disponível para a diferenciação entre vírus selvagem e vírus vacinal. Enquanto o sequenciamento pode variar de três a 15 dias, o novo protocolo de RT-PCR em tempo real leva de uma a duas horas. Além disso, pode ser conduzido por um profissional que domine as técnicas básicas de diagnóstico molecular, enquanto o método de sequenciamento viral exige profissionais com capacitação específica para análise dos resultados do sequenciamento do material genético do vírus.
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